A operadora da bolsa de valores de São Paulo, B3, anunciou nesta quinta-feira novas políticas que prometem redução e simplificação de tarifas, após um ano em que o mercado acionário acumulou valorização de mais de 30 por cento e em meio a planos da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para fomentar competição no setor.
A B3 afirmou em comunicado à imprensa que os principais impactos das mudanças concentram-se sobre o pequeno investidor de varejo. Entre as alterações, a taxa de manutenção de conta, que chega atualmente a cerca de 110 reais por ano, será zerada. Além disso, a tarifa de negociação de ações cairá cerca de 10 por cento para pessoas físicas em geral.
A companhia afirmou que as alterações representam uma redução de aproximadamente 250 milhões de reais nas tarifas pagas pelos clientes da B3 no ano, considerando os volumes negociados nos últimos 12 meses.
Segundo a B3, a expectativa é que as mudanças sejam implementadas ao longo do ano e terão impacto positivo na expansão da base de investidores pessoas físicas.
A empresa afirmou ainda que clientes que tiverem até 20 mil reais de saldo em custódia numa mesma corretora serão isentos das demais taxas de manutenção de conta, como as cobranças sobre o pagamento de proventos e valor em custódia.
"Esse conjunto de medidas atinge cerca de 65% da base de investidores pessoa física que hoje têm saldo em contas de renda variável na B3", afirmou a companhia no comunicado.
O número de contas ativas na depositária da B3 saltou de 643 mil em janeiro de 2018 para 1,5 milhão de investidores em outubro do ano passado. Segundo a B3, cerca de um terço dessas contas tem até 5 mil reais investidos em renda variável.