A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 2,365 bilhões em junho, na melhor performance mensal neste ano, influenciada pelas exportações de produtos básicos, com destaque para o petróleo.
Com isso, o País fechou o primeiro semestre deste ano com déficit de US$ 2,490 bilhões, após registrar saldo negativo de cerca de US$ 3 bilhões em igual período de 2013, informou nesta terça-feira o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
O resultado mensal veio pior que esperado pela mediana dos especialistas consultados pela Reuters, com projeção de saldo positivo de US$ 2,85 bilhões.
No mês passado, as exportações somaram US$ 20,468 bilhões, com alta de 3,6% pela média diária sobre maio e queda de 3,2% sobre junho do ano passado. Segundo o ministério, em junho as exportações de produtos básicos cresceram 9,5% sobre um ano antes, com as vendas de petróleo bruto praticamente dobrando, a US$ 1,4 bilhão.
As importações fecharam o último mês em US$ 18,103 bilhões, com queda de 3,8% sobre junho de 2013 e de 5,1% sobre maio, pela média diária.
Neste caso, o destaque ficou para as importações de bens de capital e de consumo, com quedas de 17,7% e 10,5%, respectivamente.
Em maio, a balança comercial havia registrado superávit de US$ 712 milhões, o pior resultado para o período desde 2002, com fortes quedas na maioria dos produtos exportados, com destaque para o minério de ferro.
No ano, as exportações somam US$ 110,532 bilhões, enquanto as importações, US$ 113,022 bilhões. A balança comercial brasileira tem sido afetada sobretudo pela conta petróleo. O mau desempenho da balança comercial brasileira afeta as contas externas do País. Entre janeiro e maio passados, último dado disponível, as transações correntes estavam negativas em US$ 40,074 bilhões.