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Banco do Brasil tem lucro de R$ 9 bi no quarto trimestre, alta de 52,4% em relação a 2021

Resultado foi o sétimo recorde trimestral seguido, mesmo em um trimestre influenciado por provisões extraordinárias para a Americanas

13 fev 2023 - 20h08

BRASÍLIA E SÃO PAULO - O Banco do Brasil encerrou o quarto trimestre de 2022 com lucro líquido ajustado de R$ 9,039 bilhões, um aumento de 52,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, o sétimo recorde trimestral seguido - mesmo em um trimestre influenciado por provisões extraordinárias para a Americanas. Sem provisão para Americanas, o lucro seria de R$ 9,4 bilhões.

BRASILIA DF 09-11-2019 ECONOMIA NE3GOCIOS LINK BANCO DO BRASIL Fachada Edifício Banco do Brasil Fachada do Edifício Banco do Brasil na Asa Norte, Brasília. NA FOTO Fachada do edifv?cio sede do Banco do Brasil em Brasv?lia. FOTO : Fernando Bizerra/Agencia Senado
BRASILIA DF 09-11-2019 ECONOMIA NE3GOCIOS LINK BANCO DO BRASIL Fachada Edifício Banco do Brasil Fachada do Edifício Banco do Brasil na Asa Norte, Brasília. NA FOTO Fachada do edifv?cio sede do Banco do Brasil em Brasv?lia. FOTO : Fernando Bizerra/Agencia Senado
Foto: Fernando Bizerra/Agência Senado / Estadão

Em três meses, houve alta de 8,1% no resultado. Já no acumulado do ano passado, a cifra foi de R$ 31,815 bilhões, salto de 51,3% ante 2021, também recorde para o banco.

Com exposição de cerca de R$ 1,4 bilhão na Americanas, o BB provisionou R$ 788 milhões desse total no quarto trimestre (o que corresponde a 50%), segundo o balanço, que não menciona explicitamente o nome da varejista, por questões de sigilo bancário.

"Os desdobramentos do caso estão sob monitoramento constante e o volume de provisão acompanhará a evolução das negociações, sendo que eventual necessidade de agravamento adicional do risco e seu impacto em provisão já estão devidamente contemplados nas projeções corporativas de 2023?, disse o BB, no balanço.

Mais cedo, o BTG Pactual anunciou provisão extra de R$ 1,2 bilhão para eventual calote da Americanas. Os outros bancos que já divulgaram resultados provisionaram um total de R$ 9,2 bilhões, com Bradesco e Itaú reservando 100% do que emprestaram para a empresa.

Com isso, as provisões do BB contra a inadimplência tiveram alta de 44,7% em relação ao mesmo trimestre de 2021, e de 72,4% em três meses, para R$ 6,534 bilhões.

Ao final do trimestre, a inadimplência da carteira do BB era de 2,51%, considerando os atrasos acima de 90 dias, contra 2,34% no terceiro trimestre e 1,75% no mesmo período de 2021.

Ao final de dezembro, a carteira de crédito do banco público era de R$ 1,004 trilhão, saldo 14,8% maior que no mesmo mês de 2021 e também acima do registrado em setembro (R$ 969,2 bilhões).

O banco colheu R$ 21,451 bilhões em margem financeira, que mede o resultado com operações que rendem juros. É uma alta de 44,9% em um ano. A margem com clientes foi de R$ 30,889 bilhões, 40,4% maior que no mesmo intervalo de 2021, e 7% maior em três meses.

O resultado da tesouraria, por sua vez, foi de R$ 10,937 bilhões, alta de 140,5% em um ano, e alta de 7,7% em um trimestre. De acordo com o banco, o resultado foi justificado principalmente pelo crescimento do resultado da carteira de títulos de renda fixa. O spread global ajustado pelo risco do BB foi de 4,7% no trimestre, avanço de 1,2 ponto porcentual em um ano, e de 0,5 ponto em três meses.

As receitas com serviços somaram R$ 8,437 bilhões nos três últimos meses do ano passado, alta de 7,9% no comparativo anual, e baixa de 1,0% no trimestral.

O patrimônio líquido do banco ficou em R$ 163,588 bilhões, alta de 12,9% em um ano. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) ajustado, chamado pelo BB de RPSL, foi a 22,7%, contra 16,3% no fim de dezembro de 2021 e 21,5% no fim de setembro de 2021.

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