O Credit Suisse acertou o pagamento de uma multa de US$ 2,5 bilhões por ajudar norte-americanos a sonegar impostos, após se tornar o maior banco em 20 anos a se declarar culpado ante uma acusação criminal nos Estados Unidos.
A admissão de culpa do banco resolve sua antiga disputa com os EUA sobre evasão fiscal, mas pode ter implicações para os seus clientes e as instituições que fazem negócios com o grupo.
O Credit Suisse disse que não constatou impacto material nas últimas semanas em seus negócios, e que clientes não enfrentam obstáculos legais para fazer negócios com o banco apesar da admissão de culpa.
O segundo maior banco da Suíça escapou do que poderiam ter sido as piores consequências para seu negócio - seus executivos permaneceram no lugar e o banco não terá de entregar dados de clientes, protegidos por leis suíças de sigilo. E o regulador bancário do Estado de Nova York decidiu não revogar a licença do banco no Estado.
Promotores dos Estados Unidos disseram que o banco ajudou clientes a enganar autoridades fiscais dos EUA escondendo patrimônio em contas bancárias ilegais e não declaradas, em uma conspiração que durou décadas, e que em um caso começou há mais de um século.
O Credit Suisse contabilizará um encargo pós-impostos de 1,6 bilhão de francos suíços (US$ 1,79 bilhão) no segundo trimestre pela multa, que é muito maior que a multa de us$ 780 milhões paga pelo rival suíço UBS por um acordo sobre uma disputa fiscal em 2009.