Os preços globais do petróleo retomaram a tendência de queda nesta sexta-feira após dois dias de relativa calma, com o europeu Brent e o WTI, negociado nos EUA, batendo os níveis mais baixos desde abril de 2009, pela preocupação persistente sobre o excesso de oferta global.
Principal referência entre os índices de commodities, o petróleo Brent rompeu a barreira de US$ 49 por barril nesta sexta-feira, mas fechou a US$ 50,11, com recuo de 1,67% ou US$ 0,85 (na conversão atual R$ 133,18), com um relatório da empresa de serviços petrolíferos Baker Hughes mostrando a maior queda em 24 anos nas perfurações de poços nos EUA.
O petróleo nos EUA recuou 0,88% ou US$ 0,43 dólar, fechando a US$ 48,36 o barril. Com o Brent estável em torno de US$ 50 desde quarta-feira, muitos no mercado tinham pensado que os preços poderiam se estabilizar após a derrocada dos últimos seis meses.
Alguns operadores e analistas disseram que não viram nenhum motivo para a liquidação recente.
Outros disseram que viram muitos incentivos para vender, inclusive a relativamente alta produção de petróleo dos EUA, apesar da queda nas atividades de sondas de perfuração; a contínua negativa da Opep para reduzir a produção durante a queda de preços; e vendas técnicas, com o Brent abaixo US$ 49,66.
"As pessoas têm essa necessidade quase patológica de explicar tudo, à medida que está acontecendo", disse Walter Zimmerman, analista técnico chefe na United-ICAP.
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