O Banco do Brasil informou nesta sexta-feira que o Banco Central autorizou o reconhecimento dos ativos intangíveis originados da parceria com a empresa de meios de pagamento Cielo para gestão de transações oriundas das operações de cartões de crédito e débito.
Com o aval, o BB disse ficar ratificada estimativa de impacto financeiro de R$ 3,2 bilhões no seu lucro líquido, conforme havia projetado em meados de novembro.
O banco já havia recebido aprovação do BC para a joint venture com a Cielo, mas com a ressalva de que não houvesse impacto nas suas demonstrações contábeis do reconhecimento de ativos intangíveis, nem tampouco efeitos no seu patrimônio contábil ou prudencial.
Uma fonte a par do assunto disse à Reuters no início do mês que o BB tentaria convencer o BC a aprovar o negócio sem restrição e que o valor de R$ 3,2 bilhões poderia ser lançado no balanço da instituição no primeiro trimestre deste ano.
Quando divulgou o acordo com a Cielo no ano passado, o BB disse que a joint venture iria gerir negócios de cartões do banco, também tendo como objetivo realizar associações com outros parceiros para aproveitar oportunidades em nichos de mercado.
A Cielo informou à época que aportaria R$ 8,1 bilhões para ficar com 70% da nova companhia, avaliada em R$ 11,6 bilhões.
Aprovação
Em fato relevante ao mercado, o BB também afirmou nesta sexta-feira que a autorização do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para o negócio foi dada, após transcorrido o prazo de 15 dias do aval da Superintendência Geral do órgão, durante o qual poderia haver interposição de recursos.
"Com isso, mais uma condição precedente para conclusão da associação foi cumprida", disse a Cielo em comunicado à parte, lembrando que o fechamento da transação ainda depende de outros passos.
Maior alta do Ibovespa, o papel da Cielo reagia positivamente às notícias e subia 4,33% às 10h44, com a ação do Banco do Brasil ganhando 1,6%. O principal índice da bolsa tinha variação positiva de 0,43% no mesmo momento.