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BC: choque de alimentos está começando a arrefecer

Desde abril passado, o BC tirou a Selic da mínima histórica de 7,25% e levou-a aos atuais 11% o ao ano para combater a inflação

13 mai 2014 - 14h08

O choque de preços de alimentos que tem pressionado a inflação neste ano está começando a arrefecer, ajudando a reduzir as expectativas inflacionárias, afirmou nesta terça-feira o diretor de Assuntos Internacionais e de Regulação do Banco Central, Luiz Awazu Pereira.

Em evento promovido pela revista The Economist em Londres, ele reafirmou que o impacto da política monetária se dá com defasagens e que parte significativa da resposta dos preços ao atual ciclo de elevação da Selic ainda está por se materializar.

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"Neste momento, há renovados choques nos preços domésticos de alimentos, mas eles estão começando a retroceder, o que tem ajudado a começar a diminuir as atuais expectativas de inflação, e que estão operando em um ambiente de condições monetárias muito mais apertadas", afirmou ele em discurso.

Desde abril passado, o BC tirou a Selic da mínima histórica de 7,25% e levou-a aos atuais 11% o ao ano para combater a inflação. Mesmo assim, os índices de preços continuam pressionados, com o IPCA acumulando alta de 6,28% nos 12 meses até abril, perto do teto da meta do governo, de 6,5%. "Também agimos cedo e de forma considerável sobre a política monetária para enfrentar a pressão inflacionária doméstica, complementada pela política fiscal", afirmou o diretor.

Awazu afirmou que o Brasil está implementando reformas estruturais do lado da oferta, que devem ajudar o País a crescer mais, citando o programa de concessões de infraestrutura. O diretor concluiu a apresentação afirmando que o Brasil enfrenta muitos desafios, mas tem grandes oportunidades de negócios, ressaltando que o atual momento da economia global "ainda é complexo".

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