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BC do Japão viu sinais econômicos positivos mesmo quando sinalizou pausa, mostra ata

6 nov 2024 - 08h53

Muitas das autoridades do Banco do Japão concordaram que a economia japonesa estava progredindo no sentido de atender às condições necessárias para aumentar ainda mais a taxa de juros, mesmo apoiando uma pausa até que as incertezas do mercado global diminuíssem, segundo a ata da reunião de setembro.

A diretoria de nove membros também discutiu como melhorar a forma de o banco central comunicar sua intenção aos mercados, com um deles sinalizando a ideia de divulgar a previsão de cada autoridade sobre a trajetória futura dos juros, de acordo com o documento divulgado nesta quarta-feira.

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O debate ressalta a dificuldade que o Banco do Japão enfrenta ao ponderar os crescentes sinais positivos na economia e os riscos externos, como a volatilidade dos mercados financeiros e a incerteza sobre as perspectivas econômicas globais.

"Muitos membros disseram que os salários estavam claramente em alta" e viram a necessidade de examinar se os salários ajustados pela inflação permanecerão positivos no horizonte de longo prazo.

"Alguns membros disseram que foi observado um progresso constante nos esforços das empresas para repassar o aumento dos custos de mão de obra, principalmente no setor de serviços", mostrou a ata, citando um membro que disse que o fator determinante da inflação está mudando gradualmente dos custos de importação para os salários.

O presidente do banco central, Kazuo Ueda, disse que o Japão deve observar um aumento sustentável dos salários e alta nos preços dos serviços para que a instituição considere a possibilidade de elevar novamente os juros.

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Na reunião de setembro, o Banco do Japão manteve os juros em 0,25%, com Ueda sinalizando que não havia pressa em aumentar ainda mais os custos dos empréstimos, já que os temores de recessão nos Estados Unidos mantinham os mercados nervosos e obscureciam as perspectivas econômicas globais.

Na reunião posterior, em outubro, o banco manteve os juros novamente, mas disse que os riscos em torno da economia dos EUA estavam diminuindo um pouco, deixando a porta aberta para um aumento no curto prazo.

Uma pequena maioria dos economistas entrevistados pela Reuters de 3 a 11 de outubro espera que o Banco do Japão não eleve os juros este ano, embora a maioria espere um aumento até março.

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