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BC dos EUA encerra programa de estímulos à economia

30 out 2014 - 07h36
Símbolo do Federal Reserve (FED), o banco central dos Estados Unidos
Símbolo do Federal Reserve (FED), o banco central dos Estados Unidos
Foto: Getty Images

O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, encerrou na quarta-feira seu programa de compra de títulos e deixou de caracterizar como "significativa" a capacidade ociosa no mercado de trabalho, em um sinal de confiança nas perspectivas da economia.

Em um comunicado divulgado depois da reunião de dois dias, o banco central desconsiderou amplamente a recente volatilidade no mercado financeiro, a desaceleração no crescimento da Europa e a perspectiva de inflação fraca como obstáculos para o progresso a caminho das metas de desemprego e inflação.

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"Uma série de indicadores do mercado de trabalho sugere que a subutilização dos recursos de trabalho está gradualmente diminuindo", disse o Fed, em uma importante mudança em relação aos comunicados anteriores, quando descrevia a ociosidade como "significativa".

Os principais índices acionários dos EUA ampliaram as quedas depois do comunicado, enquanto os yields do Treasury de 10 anos atingiram o maior nível em três semanas. O dólar subiu em relação ao euro, com os investidores adiantando suas expectativas de uma eventual alta gradual dos juros. As taxas passaram a mostrar chances majoritárias de aumento de juros em setembro de 2015.

"Foi uma grata surpresa que eles retiraram a referência à subutilização significativa de recursos trabalhistas", disse o estrategista-chefe de portfólio do Wells Fargo, Brian Jacobsen. "Eu acho que isto é um reconhecimento de algum progresso no mercado de trabalho".

O Fed manteve sua linguagem básica de comunicados recentes em relação à taxa de juros, afirmando que ela permanecerá baixa por um "tempo considerável" após o fim das compras de ativos neste mês.

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O momento e o ritmo de alta dos juros vão depender dos indicadores econômicos, disse o Fed, uma nova linguagem que aparentemente ganhou o apoio dos presidentes do Fed da Filadélfia e de Dallas, Charles Plosser e Richard Fisher, respectivamente, que haviam sido votos dissidentes a reunião anterior.

Inflação baixa

O presidente do Fed de Minneapolis, Narayana Kocherlakota, foi o único a discordar, pedindo que o comitê adote um compromisso mais amplo para atingir a meta de inflação de 2%, dada a baixa pressão de preços.

O Fed reconheceu que preços mais baixos de energia e outras forças estão segurando a inflação, mas repetiu sua visão de que a probabilidade da inflação ficar abaixo da meta diminuiu desde o começo do ano.

A decisão de terminar o programa de compra de títulos era praticamente dada como certa. As compras mensais tinham sido cortadas de US$ 85 bilhões para US$ 15 bilhões como parte da retirada gradual das políticas adotadas pelo Fed para combater a recessão de 2007 a 2009.

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