Depois de permanecer estável desde o início deste ano, a inadimplência no Brasil voltou a subir em maio ao atingir 5% em maio, num cenário de juros maiores e inflação elevada. De janeiro a abril passados, a inadimplência no mercado de crédito havia ficado em 4,8% no segmento de recursos livres, informou o Banco Central nesta quarta-feira.
Considerando os recursos totais, incluindo também o crédito direcionado, a inadimplência também cresceu em maio, a 3,1%, após ficar em 3% desde dezembro de 2013.
O BC informou ainda que o spread bancário - diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa efetivamente cobrada ao consumidor final - ficou em 20,7 pontos percentuais em maio, no segmento de recursos livres, acima dos 20,1 pontos percentuais vistos em abril. No crédito total, o spread subiu 0,4 ponto percentual, a 12,9 pontos.
A taxa média de juros seguiu o movimento e, no segmento de recursos livres, fechou maio em 32,0%, superior aos 31,7% em abril e em março. No crédito total, subiram a 21,4% no mês passado, depois de ficarem em 21,1% nos dois meses anteriores.
Em maio passado, o BC interrompeu o ciclo de elevação dos juros básicos da economia, ao manter a Selic em 11% ao ano, depois de a ter retirado da mínima histórica de 7,25% para combater a inflação elevada. O BC informou ainda que o estoque total de crédito no Brasil subiu 1% em maio ante abril, chegando a R$ 2,804 trilhões, ou 56,1% do Produto Interno Bruto (PIB).
