O Banco Central do Japão (BOJ, sigla em inglês) reduziu nesta terça-feira em um décimo sua previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país para 2014, para 1%, devido ao impacto do recente aumento no imposto sobre o consumo.
O banco central japonês revisou suas previsões durante sua reunião mensal de dois dias sobre política monetária, na qual também decidiu manter seu agressivo programa de flexibilização monetária para terminar com quase duas décadas de deflação, informou hoje a instituição através de um comunicado.
O BOJ também não fez mudanças em suas perspectivas sobre a inflação no Japão, que calcula que ficará em torno de 1,9% em 2015, muito perto da meta de 2%.
Por isso, a entidade continuará realizando "operações para aumentar a base monetária a um ritmo anual de entre 60 e 70 trilhões de ienes (US$ 590,5 bilhões e US$ 689 bilhões)". O BOJ previu, além disso, que as economias de outros países, especialmente as mais avançadas, "estão se recuperando".
Quanto a sua avaliação da economia japonesa, o banco central japonês voltou a insistir que "contínua em uma tendência de recuperação moderada, apesar de uma queda na demanda" após o aumento do imposto sobre o consumo (de 5% para 8%) a partir de 1º de abril.
Nesse sentido, o documento acrescentou que o consumo - que compõe 60% do PIB - e o investimento imobiliário "se mantêm sólidos" graças às "melhorias salariais e do mercado de trabalho" e apesar da diminuição da demanda após o aumento do imposto.
Também explicou que o volume das exportações japonesas, outro dos pilares da economia do país asiático, "se estabilizou recentemente".
Além disso, afirmou que o investimento de capital corporativo "aumentou moderadamente graças à melhora dos lucros empresariais", enquanto o investimento público, potencializado pelo governo de Shinzo Abe em seu programa de revitalização econômica, "parece ter se estabilizado em um nível muito alto".
A produção industrial continua também em "uma tendência de crescimento moderado".
Quanto à inflação, o BOJ insistiu que o aumento dos preços está atualmente em torno de 1,25%, em estimativa anual, por isso prevê que a meta de 2% será cumprida para 2015.