A usina de Belo Monte, no Pará, recebeu autorização para iniciar a operação de mais uma turbina, aumentando a contribuição para o sistema elétrico do empreendimento, que já é desde junho a maior hidrelétrica unicamente brasileira em operação comercial.
Segundo despacho da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no Diário Oficial da União, foi liberada nesta quarta-feira a geração em caráter comercial da 15ª máquina da casa de força principal da usina no rio Xingu.
Com a nova turbina, de 611 megawatts, a usina passa a operar com capacidade instalada de 9,4 gigawatts.
A maior hidrelétrica do Brasil é a de Itaipu, com 14 gigawatts, um empreendimento binacional com o Paraguai, que na prática divide sua capacidade entre os países.
Antes do avanço das obras de Belo Monte, a liderança entre as usinas totalmente brasileiras era de Tucuruí, hidrelétrica também no Pará com 8,37 gigawatts em capacidade.
Belo Monte é controlada pela Norte Energia, um grupo liderado por empresas da estatal Eletrobras, com quase 50% de participação, que ainda tem como acionistas as elétricas Neoenergia, Cemig e Light, além da mineradora Vale e de fundos de pensão.
Após investimentos de mais de 35 bilhões de reais, a construção da usina deve ser concluída até novembro deste ano, segundo projeção recente da Eletrobras.
O leilão da concessão para a construção de Belo Monte ocorreu em 2010, após inúmeras disputas sobre a implementação do projeto, que começou a ser discutido ainda em meados dos anos 70.