A BM&FBovespa planeja comprar até 15% de todas as principais operadoras de bolsas na América Latina, informou a bolsa brasileira nesta segunda-feira, confirmando notícia publicada na véspera na imprensa internacional.
Em entrevista ao jornal britânico Financial Times publicada no domingo, o presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, disse que a companhia buscava, com isso, aumentar sua influência na região.
Segundo o executivo, foram contratados dois bancos de investimento no mês passado para a bolsa brasileira perseguir o objetivo de adquirir fatias relevantes o suficiente para assegurar um assento no conselho de administração das bolsas do México, Colômbia, Chile, Peru e Argentina.
Com a investida, a BM&FBovespa quer incentivar uma maior negociação de ativos, acrescentou Edemir ao FT, estimando que a série de aquisições deve custar entre US$ 60 milhões a US$ 70 milhões.
A movimentação se dá após a bolsa mexicana anunciar em meados de junho que iria se conectar às bolsas do Chile, Colômbia e Peru até o final do ano, por meio da Mila (Mercado Integrado Latino-Americano), iniciativa criada em 2011 para elevar a liquidez de ativos negociados nos países que integram a chamada Aliança do Pacífico.
Às 10h26, as ações da BM&FBovespa exibiam alta de 3,3%, enquanto o Ibovespa mostrava valorização de 1,24%.