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BMW vai comprar controle de montadora na China em "nova era" para montadoras estrangeiras

11 out 2018 - 14h22
(atualizado às 14h25)

A BMW pagará 3,6 bilhões de euros para assumir o controle de sua principal joint-venture na China, no primeiro movimento do tipo de uma montadora global de veículos e que ocorre após Pequim começar a relaxar regras de controle estrangeiro sobre o maior mercado automotivo do mundo.

16/02/2018 
REUTERS/Jonathan Ernst
16/02/2018 REUTERS/Jonathan Ernst
Foto: Reuters

A BMW afirmou nesta quinta-feira que vai ampliar sua fatia na joint-venture com a Brilliance China Automotive, de 50 para 75 por cento, com o acordo sendo concluído em 2022, quando as regras do país que limitam o controle estrangeiro sobre montadoras instaladas no país forem liberadas.

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O negócio deve levar a BMW a transferir mais produção para a China no momento em que Washington trava uma guerra comercial com Pequim que elevou o custo para o grupo alemão importar carros fabricados em sua fábrica na Carolina do Sul. A BMW é uma das maiores exportadoras de veículos dos EUA para a China.

O acordo também é um marco para montadoras internacionais, que são limitadas a ter no máximo 50 por cento de qualquer empresa chinesa e têm que dividir lucros com o parceiro local. Com isso, o negócio pode incentivar rivais como a Daimler a fazer o mesmo.

"Estamos embarcando em uma nova era", disse o presidente-executivo da BMW, Harald Krueger, em Shenyang, nordeste da China, onde a joint-venture está instalada. Ele agradeceu ao premiê chinês, Li Keqiang, que "pessoalmente apoiou" o plano, segundo o executivo.

A joint-venture tem planos de investir 3 bilhões de euros em uma grande expansão de capacidade produtiva que receberá uma nova fábrica, disse Krueger.

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Mas analistas da indústria temem que as vendas de veículos na China possam cair este ano pela primeira vez em décadas. As vendas no país caíram em julho e agosto.

Entretanto, o vice-presidente financeiro da BMW, Nicolas Peter, afirmou que a companhia segue otimista sobre seu principal mercado no mundo.

"A principal razão para investirmos na China é porque estamos absolutamente convencidos de que o mercado tem potencial de crescimento adicional", disse Peter. Ele disse que a BMW também está investindo em capacidade adicional nos EUA.

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