O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 141 milhões, na modalidade de capital de giro, para atender às necessidades de liquidez das Lojas Lebes (Drebes & Cia Ltda.), impactadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul. Por meio do Programa BNDES Emergencial para o RS, o recurso visa apoiar ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas, além de impulsionar a retomada das operações econômicas da varejista gaúcha.
Especializada no modelo "tipo magazine", a rede Lojas Lebes comercializa móveis, artigos de decoração, vestuário, eletrodomésticos, eletroportáteis, perfumes e acessórios automotivos, entre outros. O financiamento solicitado abrange 22 unidades afetadas pelas enchentes ocorridas em abril e maio deste ano, distribuídas em 17 municípios do estado. Essas unidades foram responsáveis por 13,9% do faturamento do grupo em 2023.
O financiamento do BNDES ajudará a mitigar os impactos da crise climática sobre as operações das Lojas Lebes, garantindo a continuidade dos negócios nos municípios onde estão localizadas as unidades beneficiadas. As chuvas forçaram o fechamento de filiais e da matriz da empresa por mais de 30 dias, além de causar a perda de uma parte significativa do estoque. Como parte do contrato, a companhia se compromete a manter o número de empregados nas 22 unidades contempladas pelo crédito.
"Os eventos climáticos extremos que se abateram sobre o Rio Grande do Sul causaram prejuízos terríveis à economia gaúcha. Com o crédito do BNDES para capital de giro, as empresas afetadas ganham fôlego para retomar suas atividades, preservando empregos e impulsionando a reconstrução econômica do Estado, que é uma das prioridades do governo do presidente Lula", destacou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
Apoio empresarial
O financiamento às Lojas Lebes foi aprovado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) através do programa BNDES Emergencial para o Rio Grande do Sul, criado para enfrentar os impactos socioeconômicos nos municípios atingidos por desastres ambientais com estado de calamidade pública reconhecido.
As operações contemplam empresas com sedes ou filiais afetadas pelas chuvas, desde que apresentem perdas materiais comprovadas. Como contrapartida, essas empresas devem manter os empregos nas unidades beneficiadas, assegurando a continuidade da geração de renda.
Dentro do programa, já foram aprovados R$ 13,4 bilhões para capital de giro a empresas no estado, R$ 2,4 bilhões para aquisição de máquinas e equipamentos, e R$ 947 milhões para investimentos e reconstrução. Além disso, a suspensão de pagamentos de dívidas alcança R$ 4,75 bilhões em 71,9 mil operações, enquanto as garantias somam R$ 3,46 bilhões em 4.628 contratos.
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