A Boeing anunciou que manterá companhias japonesas como a Mitsubishi Heavy Industries, Kawasaki Heavy Industries e Fuji Heavy Industries como parceiras-chave em seu negócio de aeronaves comerciais, concedendo às empresas uma fatia de 21% da carga de trabalho de seu mais recente jato, o 777X.
Cinco companhias japonesas vão construir seções de fuselagem, trem de pouso, seções das asas e outras partes da aeronave que deve entrar em serviço no final da década, afirmou a Boeing em um comunicado nesta quinta-feira.
A carga de trabalho para o 777X é equivalente à assumida pelas companhias japonesas na fabricação das aeronaves 777 desde 1995, de 21%, e está em linha com o que fontes familiarizadas com o plano disseram à Reuters em abril.
"Antecipamos que (a carga) será no mínimo a mesma do 777", disse o presidente-executivo da Boeing Commercial Airplanes, Ray Conner, em uma coletiva de imprensa em Tóquio, ao ser questionado sobre os níveis de produção planejados.
A fatia, no entanto, é menor que a de 35% para o 787 Dreamliner de fibra de carbono construído no Japão, incluindo as asas, um nível de participação que as empresas japonesas podem ter dificuldades para ganhar no futuro, dizem analistas do setor.