Por Dan Catchpole e Allison Lampert
SEATTLE, Estados Unidos - A Boeing reiniciou a produção de seu jato mais vendido, o 737 MAX, na semana passada, cerca de um mês após o fim de uma greve de sete semanas promovida por 33 mil trabalhadores da companhia nos Estados Unidos, de acordo com três fontes familiarizadas com o assunto.
A retomada da produção do 737 MAX é essencial para a recuperação da fabricante de aviões, que está altamente endividada. A Boeing tem cerca de 4.200 pedidos para o jato feitos por companhias aéreas.
A produção foi retomada na sexta-feira, disse uma das fontes. A Boeing não quis comentar.
O chefe da agência norte-americana de aviação (FAA), Mike Whitaker, disse à Reuters na quinta-feira que a Boeing ainda não havia retomado a produção do 737 MAX, mas planejava fazê-lo no final deste mês.
Os planos da empresa de aumentar a produção do 737 MAX para a meta de 56 aviões por mês foram prejudicados por uma série de contratempos, incluindo duas quedas que mataram centenas de pessoas, pandemia, problemas na cadeia de suprimentos, preocupações com a segurança da produção e aumento da fiscalização do governo sobre a empresa, além da greve.
A FAA limitou em janeiro a empresa a produzir apenas 38 aviões 737 MAX por mês, depois que um painel de porta sem quatro parafusos se desprendeu em pleno voo de uma aeronave 737 MAX 9 operada pela Alaska Airlines, expondo sérios problemas de segurança nos produtos da Boeing.
Na semana passada, Whitaker se recusou a dizer quando achava que a FAA permitirá uma elevação da produção da Boeing, mas disse que ficaria surpreso se isso ocorresse num intervalo menor que vários meses antes que a empresa fique perto do máximo de 38 unidades mensais.
Os analistas da Jefferies esperam que a Boeing produza uma média de 29 aviões 737 MAX por mês em 2025, disseram eles em uma nota aos clientes no domingo.