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BofA eleva alvo para BRF (BRFS3), mas mantém 'neutra'; entenda

13 jan 2025 - 16h31
BRF (BRFS3). Foto: Divulgação/Assessoria.
BRF (BRFS3). Foto: Divulgação/Assessoria.
Foto: Suno

Em novo relatório sobre a BRF (BRFS3), o Bank of America elevou o preço-alvo das ações de R$ 28 para R$ 29, mas manteve a recomendação "neutra".

O novo preço-alvo do BofA para as ações da BRF reflete, sobretudo, a recente desvalorização do real e a alta nos preços do frango no Brasil. A casa passou a projetar um dólar médio a R$ 6,11 em 2025, acima da previsão anterior de R$5,62.

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Segundo o relatório, o momento positivo dos resultados da BRF deve continuar no primeiro semestre de 2025, impulsionado por uma combinação de oferta restrita de frango e custos de alimentação mais baixos. Esses fatores elevaram significativamente as margens dos produtores de frango em 2024, atingindo níveis quase duas vezes superiores aos de 2023.

Entretanto, o BofA prevê uma inflexão nas margens a partir do segundo semestre, à medida que a oferta de frango acelera tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Essa perspectiva, combinada com bases de comparação mais difíceis a partir do primeiro trimestre, pode pressionar o desempenho da companhia, segundo os analistas.

No mercado brasileiro, diz a casa, os preços do frango estão em alta, impulsionados pelo aumento nos preços da carne bovina. Já nos Estados Unidos, os preços do frango caíram cerca de 20% no quarto trimestre de 2024, mas devem mostrar recuperação ao longo de 2025, segundo o relatório.

Apesar das incertezas, os analistas afirmam que a demanda e os preços do frango podem ser sustentados pela menor disponibilidade de carne bovina e possíveis desafios de produção, como baixas taxas de eclosão e maior mortalidade de aves.

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A casa afirma ainda que as ações BRFS3 estão sendo negociadas a um múltiplo EV/EBITDA de 5,2 vezes, um prêmio de 15% em relação à JBS, que segue como a principal recomendação do BofA no setor.

Assim, embora os analistas entendam que a BRF apresenta um momento sólido no curto prazo, a cautela sobre os desafios que a empresa pode enfrentar no médio prazo continuam. A aceleração da oferta de frango e as bases de comparação mais altas são fatores que merecem atenção, segundo o relatório.

Assim, a casa reforça a necessidade de monitorar tendências-chave, como a disponibilidade de carne bovina, os custos de produção e a dinâmica da oferta de frango, que serão determinantes para o desempenho da BRF neste ano, segundo o BofA.

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