A média de limite dos brasileiros no cartão de crédito é de apenas R$ 1.400, enquanto o ticket médio dos produtos de um infoprodutor é de R$ 2.400. Essa disparidade explica a importância do oferecimento de outros meios de pagamento para os potenciais clientes de produtos digitais.
Segundo Reinaldo Boesso, especialista financeiro e CEO da TMB Educação, fintech que oferece a possibilidade de pagamentos parcelados por meio de boletos bancários, mais de 76% dos dos alunos de cursos online não têm limite suficiente no cartão de crédito e precisam comprar através de boleto parcelado.
“Ainda que esse aluno não gaste no supermercado, em padaria, em feira, ele não tem limite suficiente para comprar o ticket médio dos infoprodutores. Então, o boleto vem como uma solução para esse público”, conta.
Reinaldo explica que o público que tem limite suficiente de crédito para comprar um infoproduto continua pagando no cartão de crédito, de forma que o boleto parcelado acaba sendo uma opção extra, permitindo ao infoprodutor dobrar a receita.
“A gente traz um público que quer muito acessar o curso, adquirir o conteúdo, mas não tem limite no cartão de crédito e não quer pedir cartão de crédito emprestado para ninguém. E aí o boleto vem para trazer esses clientes novos que o infoprodutor não teria se não fosse através dessa opção”, exemplifica.
Boleto parcelado
O executivo conta que boa parte dos infoprodutores que oferecem boleto parcelado através da TMB Educação costumam rodar 50% de pagamentos no cartão de crédito e 50% no boleto ou, ainda, 40% no cartão e 60% no boleto.
“Eles não deixaram de vender no cartão só porque oferecem boleto, então eles dobraram de tamanho. Se vendiam R$ 500 mil no cartão, agora continuam vendendo os mesmos R$ 500 mil no cartão e mais R$ 500 mil no boleto, então dobramos o faturamento deles porque é uma opção que está presente para a maioria dos nossos produtores”, diz o CEO da TMB Educação.
De acordo com Reinaldo Boesso, para ter acesso ao boleto parcelado como opção de pagamento, a média de preço cobrada dos infoprodutores é de 5% do valor do ticket.
“Claro que depende muito do volume vendido pelo infoprodutor, mas essa é a média. E não cobramos nada além disso para parcelar em 10, 12 ou até 24 vezes, por exemplo”, declara Reinaldo Boesso.
(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.
