O primeiro pregão do ano foi marcado por um afundamento do Ibovespa de 3,06%, aliado ao risco fiscal e menor liquidez. O índice terminou o dia aos 106 mil pontos; já o dólar teve elevação de 1,4%, cotado a R$ 5,36 no fechamento.
Os decretos de Lula, tirando oito empresas da fila da privatização, entre elas Petrobras e Correios, refletiram diretamente no resultado da bolsa. O destaque negativo ficou com as ações da maior petrolífera brasileira, que tiveram um recuo de 6,67% (ON), a R$ 26,17; e 6,45%, a R$ 22,92, nas ações preferenciais.
Além da revogação de privatizações, o novo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou em seu primeiro discurso ocupando a cadeira econômica que a articulação entre políticas fiscais e monetária significam um “Estado forte”, não necessariamente “obeso”.
O posicionamento do novo governo em relação às políticas fiscais está gerando desconfiança para o mercado, principalmente após as novas medidas de Lula.
Daniel Funabashi, especialista em mercado financeiro e sócio na iHub Investimentos, comenta o derretimento da Bolsa.