O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, adotou um tom conciliatório durante seu discurso na manhã desta quarta-feira (16) na reunião do Mercosul, realizada de maneira virtual por conta da pandemia de Covid-19.
"Nossas diferenças não põem em risco nossa agenda comum. A democracia está na essência do Mercosul e temos que ter uma atitude prática na defesa das liberdades", disse o mandatário.
Em sua fala, Bolsonaro ainda falou sobre questões comerciais e disse que vê com "preocupação o ressurgimento de entraves pontuais em Estados partes". "Devemos deixar de lado essas discordâncias porque elas pertencem a um passado já superado", acrescentou.
Já no comunicado final do encontro, os presidentes do Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e da Bolívia, que tenta entrar no bloco de maneira formal, ressaltaram que os impactos da pandemia de coronavírus Sars-CoV-2 "na sociedade, na economia e na natureza demonstram a importância de trabalhar em políticas públicas para o desenvolvimento sustentável em suas três dimensões: econômicas, sociais e ambiental".
O texto ainda ressalta a importância da "cooperação regional" para combater a crise sanitária em todos os âmbitos, especialmente, nas regiões de fronteira.
Os presidentes ainda reafirmaram a "vontade" de firmar o acordo de livre comércio com a União Europeia, que está parado no momento, após mais de 20 anos de negociação.
A reunião de hoje marcou a troca de presidência do bloco que, nos próximos seis meses, será liderado pela Argentina. A transmissão da posse também foi feita de maneira virtual entre o presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou, e o argentino Alberto Fernández. .