O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira que o governo espera que a reforma da Previdência seja aprovada da como foi enviada pelo Executivo, mas que "com toda certeza" a proposta será modificada pelo Congresso Nacional e a capitalização pode ficar fora neste primeiro momento.
"Nós queremos aprovar o que está aí. Se a capitalização os parlamentares entenderem que está complicado, difícil de explicar agora eles podem decidir deixar para outra oportunidade", disse o presidente em uma rápida entrevista depois de um evento no Palácio do Planalto. A gente gostaria que a proposta que chegou lá fosse aprovada na íntegra, mas, com toda certeza, vai ser aperfeiçoada por parte do Parlamento."
Mais cedo, em um café da manhã com alguns jornalistas convidados, Bolsonaro disse esperar que a reforma fosse "desidratada" no Congresso e que a capitalização pudesse ficar para um segundo momento. Na conversa, destacou que o mais importante é a idade mínima e o tempo de contribuição.
Mais tarde, em uma segunda entrevista, esclareceu:
"Nós não queremos é complicar o andamento da reforma que esta aí, eu não quero desidratar nada, mas não é essencial isso no momento. A ideia é regulamentar na PEC e lá na frente... seria via Parlamento também."
O presidente reiterou, ainda, que permanece sendo possível aprovar a reforma previdenciária no Congresso até julho.
"Se não aprovar agora, daqui a dois três anos vai faltar dinheiro para pagar quem está na ativa no serviço público, vamos nos transformar na Grécia, essa é a realidade.
Bolsonaro também comentou sobre a postura da oposição durante a audiência do ministro da Economia, Paulo Guedes, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Disse que não o surpreendeu porque "a oposição é assim".
"Aquilo não é oposição, né? Aquilo lá é um pelotão de fuzilamento. Este pessoal não quer o bem do Brasil, quer o pior. Eles têm tudo agora para apresentar uma proposta alternativa se a nossa não for boa", criticou.