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Bolsonaro faz apelo a empresários do setor de alimentos para não aumentar preços

17 jun 2021 - 17h45
(atualizado às 17h51)

O presidente Jair Bolsonaro fez um apelo nesta quinta-feira a empresários do setor de alimentos para que não aumentem preços em meio a um ambiente de inflação mais "agressiva", um dia depois de mais uma elevação na taxa básica de juros pelo Banco Central.

01/06/2021
REUTERS/Ueslei Marcelino
01/06/2021 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

No encontro que reuniu no Rio de Janeiro dezenas de empresários de diversos setores como supermercados, indústria, hotéis, comércio e outros, Bolsonaro manifestou preocupação com a alta de preços e os impactos sobre o orçamento dos mais pobres.

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"Faço apelo aos senhores: a política nefasta do fique em casa estamos sentindo o reflexo agora, uma inflação que se fez mais agressiva junto aos que consomem produtos de primeira necessidade... a gente apela, fazemos um pedido, sei que alguns já fazem algo parecido, nos ajudem a conter o preço daquilo que é básico para os mais pobres para que possamos sobreviver a essa pandemia, que se Deus quiser está chegando ao seu fim de modo que não abale a economia", disse o presidente sob aplausos em um almoço a portas fechadas em um hotel na zona oeste do Rio de Janeiro, segundo áudio do discurso ao qual a Reuters teve acesso.

Na quarta-feira, para tentar conter a inflação , o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC elevou a taxa Selic em 0,75 ponto percentual para 4,25%, e indicou uma nova elevação na próxima reunião.

A inflação medida pelo IPCA acumulada em 12 meses até junho foi de 8,06% e vai se distanciando do teto da meta de 5,25% para 2021.

Também participaram do evento organizado pelo movimento Rio Mais Produtivo políticos como os senadores Flávio Bolsonaro (Patriota) e Romário (PL), o governador Cláudio Castro (PL), o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, entre outros.

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Sem dar maiores detalhes, Bolsonaro disse aos empresários que tem conversado com a ministra da agricultura, Teresa Cristina, sobre o impacto do milho, uma commodity global , sobre os derivados do produto no mercado interno.

"A inflação de alimentos ocorreu no mundo todo que passou a consumir mais durante a pandemia, mas temos que vencer essa etapa. Estamos tomando providências junto ao ministério da Teresa Cristina, da Agricultura, quando aumenta o preço do milho isso impacta na cadeia produtiva por exemplo de ovos e aves e não podemos tirar isso da mesa do povo", disse.

Bolsonaro deixou o local sem falar com a imprensa.

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