A Bovespa subiu forte nesta quinta-feira, com grande destaque para o setor de educação, na expectativa de anúncio de medidas para o Fies, enquanto investidores também aprovaram declarações do novo presidente da Petrobras sobre corte de investimentos.
O Ibovespa avançou 2,68%, a 49.532 pontos. O volume financeiro do pregão somou R$ 6,5 bilhões. O quadro externo apoiou o otimismo, diante de notícias de estímulos na Suécia e um acordo de cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia. Em Wall Street, o S&P 500 subia 0,8%.
"O mercado acompanhou o mercado externo e algum alívio com a sinalização da Petrobras fazer redução de investimentos e de soltar o balanço auditado bem antes do prazo máximo", observou o gestor Joaquim Kokudai, sócio na JPP Capital Gestão de Recursos.
Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, disse que a empresa vai vender ativos e cortar investimentos e descartou nova capitalização. As ações da estatal subiram mais de 5%.
Educação colabora para alta da Bovespa
O mercado passou o dia na expectativa do anúncio da data para a volta das recompras mensais de créditos do Fundo de Financiamento Estudantil para 2016 ou 2017, além da reabertura do sistema para novos alunos, o observou a equipe da corretora Brasil Plural.
A Kroton saltou 14,5% e a Estácio subiu 10,6%. Fora do índice, Ser Educacional e Anima Educacional evoluiram 14,35% e 10,1%, respectivamente.
Em nota a clientes, referindo-se a possíveis mudanças na portaria normativa 23, que alterou o número de repasses de financiamento às companhias de educação, o BTG Pactual escreveu que as empresas parecem mais confiantes num desfecho positivo.
Sobe e desce do mercado
Os bancos Bradesco e Itaú Unibanco foram os principais impulsos para o índice, dado o relevante peso no Ibovespa, após perdas expressivas na véspera.
A empresa de logística América Latina Logística (ALL) disparou 9%, um dia após subir mais de 10%, com a decisão do Cade de aprovar por unanimidade a fusão com a Rumo Logística, controlada pela Cosan Logística.
Da safra de balanços, petroquímica Braskem subiu 2,6%, com o noticiário da petroquímica incluindo anúncio de programa de recompra de até 3,5 milhões de ações e alta de 17% no lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) do quarto trimestre.
A Natura ficou entre as poucas quedas do Ibovespa fechando em baixa de 6,9%, com o mercado repercutindo negativamente a queda de 23% do lucro líquido do quarto trimestre.
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