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Bovespa cai 3,73% e fecha semana com pior baixa desde 2012

O giro financeiro do pregão nesta sexta-feira foi de R$ 6,5 bilhões

12 dez 2014 - 18h31
<p>No mês de dezembro, a queda acumulada da Bovespa é de 12,3%</p>
No mês de dezembro, a queda acumulada da Bovespa é de 12,3%
Foto: Rodrigo Paiva / Reuters

A bolsa brasileira renovou sua mínima desde março nesta sexta-feira, com a nova baixa no preço do petróleo provocando um movimento global de aversão ao risco e corroborando preocupações do mercado quanto ao cenário desfavorável para as commodities, às quais as empresas da Bovespa tem forte exposição.

O Ibovespa fechou em baixa de 3,73%, a 48.001 pontos, nível mais baixo desde 26 de março. Na semana, o Ibovespa perdeu 7,68%, seu pior desempenho desde a terceira semana de maio de 2012.

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No mês, a queda acumulada é de 12,3% e o giro financeiro do pregão nesta sexta-feira foi de R$ 6,5 bilhões.

O petróleo tipo Brent fechou abaixo abaixo de US$ 62 (aproximadamente R$ 164) o barril, atingindo novas mínimas em cinco anos em meio a preocupações persistentes com um excesso de oferta global e a perspectiva de demanda fraca.

O índice de referência do minério de ferro com entrega imediata na China, apesar de ter registrado pouca variação nesta sexta-feira, estava próximo da mínima em mais de cinco anos.

"O preço de commodities está indo para um patamar extremamente baixo e sem perspectiva de melhora no curto prazo, o que faz Petrobras e Vale serem as principais perdedoras", disse o economista da Legan Asset Fausto Gouveia. "As siderúrgicas CSN e Usiminas sofrem o impacto pois têm plantas de minério de ferro e se o minério cai tanto é porque não tem procura por aço", completou.

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CSN, Usiminas e Gerdau ficaram entre as maiores quedas do Ibovespa, com recuo superior a 6 %. A preferencial da Petrobras perdeu 6,56% e fechou no menor patamar desde julho de 2005, a R$ 10,11. No mês, o papel acumula perda de 21%.

Participantes do mercado têm mostrado preocupações quanto aos retornos dos projetos da estatal no pré-sal, por conta da queda do valor do barril do petróleo, e com o impacto das denúncias de corrupção.

Relatório pós pregão

A Petrobras deve publicar nesta sexta-feira o balanço não auditado do terceiro trimestre. Na véspera, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou 36 pessoas, sendo 23 ligadas a seis das maiores empreiteiras do Brasil e um ex-diretor da Petrobras, por crimes envolvendo suposto esquema de corrupção na estatal.

O vencimento de opções sobre ações na segunda-feira colaborou para piorar o desempenho da ação da Petrobras, com agentes do mercado fechando posições para evitar maiores perdas.

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Adicionalmente, dados da economia chinesa divulgados pela Agência Nacional de Estatísticas foram pouco animadores. Segundo o economista Hersz Ferman, da Elite Corretora, os números causam preocupações de que a economia do gigante asiático não esteja respondendo aos últimos estímulos do governo.

A produção industrial chinesa de novembro cresceu 7,2%, abaixo da expectativa de alta de 7,5%.

Já na ponta positiva do Ibovespa foram destaque as ações da companhia paranaense de energia Copel, com alta de 3,39%, após o Goldman Sachs elevar a recomendação do papel de neutra para compra. O preço-alvo passou de R$ 41 para R$ 45.

A construtora e incorporadora Rossi Residencial ganhou 16%, em um movimento de recuperação de preço após registrar queda de cerca de 40% nos últimos seis dias.

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