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Bovespa ensaia melhora, mas cautela persiste; Suzano lidera ganhos

5 set 2018 - 11h49
(atualizado às 14h07)

O Ibovespa buscava se firmar no azul na tarde desta quarta-feira, após duas quedas seguidas, com a alta das ações da Suzano Papel e Celulose liderando os ganhos, embora o viés negativo em praças acionárias no exterior e apreensões relacionadas ao cenário eleitoral no país mantivessem agentes financeiros cautelosos.

 28/06/ 2018. REUTERS/Leonardo Benassatto
28/06/ 2018. REUTERS/Leonardo Benassatto
Foto: Reuters

Às 13:57, o principal índice de ações da B3 subia 0,68 por cento, a 75.219,25 pontos. Mais cedo, na mínima, o Ibovespa caiu 0,58 por cento. Nos dois pregões anteriores, acumulou baixa de 2,6 por cento.

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O volume financeiro somava 4,2 bilhões de reais.

No exterior, as bolsas norte-americanas não mostravam uma direção firme, afetadas pelo declínio das ações das gigantes de tecnologia Twitter e Facebook, além do desconforto com o embate comercial envolvendo Estados Unidos e parceiros econômicos. O S&P 500 cedia 0,3 por cento.

Do lado doméstico, em meio a um ambiente eleitoral ainda bastante nebuloso, a equipe da corretora Mirae avaliou em nota a clientes que a não divulgação de pesquisas de intenções de votos pelo Ibope e Datafolha são fator de preocupação.

Na véspera, o Ibope deixou de divulgar uma pesquisa sobre a disputa presidencial prevista para a noite de terça-feira e fez uma consulta ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após realizar uma "adequação" que retirou do levantamento o cenário com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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O Datafolha também anunciou na terça-feira que cancelou o registro de uma pesquisa nacional que seria feita entre esta terça e a quinta-feira por conta da presença de Lula no questionário.

DESTAQUES

- SUZANO disparava 6,07 por cento, após a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) rejeitar pedidos para interromper o prazo de convocação de um assembleia de acionistas da Fibria para avaliar, entre outras propostas, fusão entre as companhias. Na máxima, os papéis chegaram a 55 reais, recorde intradia. FIBRIA perdia 2,48 por cento.

- VALE valorizava-se 0,46 por cento, tendo no radar relatório do Itaú BBA revisando estimativas para a companhia e mantendo a recomendação 'outperform' de seus ADRs, conforme os analistas da casa veem a mineradora bem posicionada para gerar fluxos de caixa consideráveis e aumentar os retornos dos acionistas nos próximos anos.

- AMBEV tinha alta de 1,22 por cento, ensaiando uma recuperação após cair nos quatro pregões anteriores, período em que acumulou perda de 6,44 por cento.

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- BANCO DO BRASIL subia 1,2 por cento, capitaneando a recuperação das ações dos bancos no Ibovespa, com ITAÚ UNIBANCO PN mostrando acréscimo de 1,14 por cento, BRADESCO PN com variação positiva de 0,62 por cento e SANTANDER BRASIL UNIT com acréscimo de 0,48 por cento. O Itaú anunciou parceria com a francesa Edenred que garante exclusividade na distribuição dos produtos da Ticket Serviços no Brasil para a sua base de clientes pessoas jurídicas.

- MAGAZINE LUIZA valorizava-se 2,75 por cento, também reagindo após apurar queda de mais de 9 por cento nos dois pregões anteriores, figurando entre as maiores altas do Ibovespa, em sessão sem viés único para o setor de varejo. B2W subia 1,73 por cento, mas VIA VAREJO UNIT caía 2,65 por cento. Analistas do Brasil Plural avaliam que a Via Varejo está progredindo em sua estratégia de transformação digital, mas ressaltam que a visibilidade de curto prazo para a companhia continua limitada.

- SMILES cedia 6,87 por cento, na ponta negativa do Ibovespa, pressionada por notícia de que a Latam decidiu não renovar contrato operacional com sua controlada Multiplos e fechar o capital da operadora de programas de fidelidades. MULTIPLUS, que não está no Ibovespa, subia 4,51 por cento.

- PETROBRAS PN tinha variação negativa de 0,21 por cento, em sessão de queda dos preços do petróleo no exterior, mas PETROBRAS ON subia 1,16 por cento.

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(Edição de Raquel Stenzel)

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