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Bovespa fecha abaixo de 56 mil pontos pela 1ª vez em semanas

Papéis da Vale, que tinham se recuperado nos últimos dois pregões, fecharam em queda, embora longe da mínima da sessão

25 set 2014 - 18h42
<p>O mercado está aguardando ansiosamente o resultado da pesquisa Datafolha, que deve ser divulgado na próxima sexta-feira</p>
O mercado está aguardando ansiosamente o resultado da pesquisa Datafolha, que deve ser divulgado na próxima sexta-feira
Foto: Sergio Perez / Reuters

A Bovespa fechou em queda nesta quinta-feira, sem conseguir sustentar o seu principal índice acima dos 56 mil pontos nos ajustes finais do pregão, em sessão influenciada pelo quadro externo negativo e expectativa sobre novas pesquisas eleitorais.

O Ibovespa terminou o dia em baixa de 1,52%, a 55.962 pontos, renovando a mínima desde 14 de agosto, quando fechou a 55.780 pontos. O volume financeiro do pregão somou R$ 6,27 bilhões.

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O prenúncio de que a trégua da véspera não duraria veio do noticiário chinês. O preço do minério de ferro voltou a cair, a mineradora BHP Billiton minimizou as chances de recuperação do preço da commodity e o consumo chinês de aço caiu pela primeira vez em 14 anos.

Os papéis da Vale, que tinham se recuperado nos últimos dois pregões, fecharam em queda, embora longe da mínima da sessão.

Wall Street também pressionou, com o índice S&P 500 quebrando importante suporte técnico e registrando seu maior declínio em um único dia desde julho, em meio à alta do dólar para o maior nível em quatro anos e queda das ações da Apple.

Agentes no mercado ainda citaram deterioração do quadro geopolítico no Oriente Médio e rumores relacionados a um projeto de lei enviado ao parlamento russo, que permitiria o confisco de ativos de estrangeiros na Rússia, como fatores para o mau humor nos mercados externos.

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Sempre as eleições

Da cena eleitoral, o foco manteve-se principalmente na pesquisa Datafolha que deve sair a partir de sexta-feira.

"O mercado está aguardando ansiosamente o Datafolha, com percepção de que o tempo televisivo do PT realmente tem sido um fator de desequilíbrio na corrida eleitoral", disse o operador Quantitas Asset Management Thiago Montenegro.

Uma pesquisa da Reuters feita com estrategistas e analistas e divulgada nesta quinta-feira mostrou que se a presidente Dilma Rousseff (PT) for reeleita, o Ibovespa deve fechar o ano em 50 mil pontos, segundo a mediana das projeções. Se Dilma perder a eleição, o índice deve subir a 63.770 pontos.

Papéis que têm sido afetados pela dinâmica eleitoral, como as ações da Petrobras e do setor financeiro, entre eles Itaú Unibanco e Bradesco, sustentaram perdas nesta sessão, respondendo pela principal pressão negativa no índice.

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Após o fechamento do mercado, a pesquisa Vox Populi mostrou Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, com 42% das intenções de votos na simulação de segundo turno contra 41% de Marina Silva (PSB).

O Banco do Brasil seguiu pressionado após reportagem da véspera do jornal Valor Econômico de que o Fundo Soberano do país pode ter de vender ações do BB para ajudar o Tesouro Nacional.

Do noticiário corporativo, Eletropaulo fechou em alta, embora longe da máxima da sessão. Na terça-feira, a Reuters publicou que a distribuidora de energia obteve liminar contra decisão da Aneel que obrigou a empresa a ressarcir consumidores em cerca de R$ 626 milhões.

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