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Bovespa fecha com alta de 0,25% com novos temores de apagão

O principal índice da bolsa paulista fechou com variação positiva de 0,25%, a 47.876 pontos

20 jan 2015 - 18h27
(atualizado em 21/1/2015 às 09h21)
<p>O giro financeiro do pregão totalizou R$ 5,37 bilhões</p>
O giro financeiro do pregão totalizou R$ 5,37 bilhões
Foto: Paulo Whitaker (BRAZIL - Tags: BUSINESS) - RTR2PT2B / Reuters

Depois de subir quase 2% na primeira parte do pregão, o Ibovespa fechou com uma valorização tímida nesta terça-feira, com o ânimo do mercado após o anúncio de medidas fiscais dividindo a atenção com persistentes preocupações com o fornecimento de energia no país.

O principal índice da bolsa paulista fechou com variação positiva de 0,25%, a 47.876 pontos. O giro financeiro do pregão totalizou R$ 5,37 bilhões.

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Apesar do pregão positivo das bolsas asiáticas e europeias, que apoiou mais cedo o mercado brasileiro, Wall Street retomou os negócios depois do feriado de segunda-feira em baixa, após o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduzir suas previsões de crescimento global para 2015 e 2016.

O desempenho negativo do pregão americano contribuiu para minar o ânimo de investidores da Bovespa, que haviam comemorado mais cedo o anúncio de um pacote de medidas fiscais pelo governo federal brasileiro para colocar as contas públicas do País em ordem.

"O humor estava muito ligado à forte queda da Bovespa ontem (19), então houve um pouco de ajuste (para cima) pela manhã. Quando abriram as bolsas dos EUA, o mercado voltou para o seu rumo normal", disse Raphael Figueredo, analista da Clear Corretora.

Depois do fechamento do mercado brasileiro, as bolsas nos EUA passaram a subir.

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Mercado energético

As preocupações do mercado sobre o fornecimento de energia no Brasil, que levaram o Ibovespa a recuar 2,57% na véspera, também ajudaram a conter o otimismo do mercado acionário brasileiro.

Na segunda-feira, o Operador Nacional do Sistema (ONS) exigiu que distribuidoras de energia fizessem um corte seletivo no fornecimento. O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, afirmou que não houve falta de geração de energia na segunda-feira, mas uma falha "aparentemente técnica na rede Norte-Sul". 

A declaração, no entanto, não diminuiu os temores do mercado nem impediu nova queda de ações de empresas que fazem uso intensivo de eletricidade, como a da petroquímica Braskem. O papel recuou 6,54% nesta terça-feira, na esteira da queda de 7,7% registrada na segunda-feira.

Ações do setor elétrico, como Eletrobras e CPFL Energia, também caíram com a percepção cada vez mais alta de risco de racionamento por conta dos níveis baixos de chuvas e do aumento do consumo de energia.

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Ações do setor elétrico, como Eletrobras e CPFL Energia, também caíram com a percepção cada vez mais alta de risco de racionamento
Foto: Paulo Santos (BRAZIL - Tags: BUSINESS ENERGY ENVIRONMENT) - RTR2CA1M / Reuters

Já Cosan registrou alta de 4,47% beneficiada pelo anúncio de aumento da tributação sobre sobre gasolina e diesel, com a expectativa de que a medida possa incentivar o consumo de etanol.

A companhia de shoppings BR Malls e a siderúrgica CSN foram outros destaques de alta.

A preferencial de Petrobras, que chegou a subir mais de 7%, reduziu ganho para apenas 1,41% no fechamento. A estatal surpreendeu o mercado ao informar pela manhã que os preços da gasolina e do diesel cobrados nas refinarias serão acrescidos do PIS/Cofins e da Cide, sem alterações para os valores recebidos pela empresa.

"Era consenso que quando aumentasse o preço do combustível a Petrobras deixaria o preço na bomba igual ou muito parecido para não pressionar a inflação", afirmou o economista Hersz Ferman, da Elite Corretora.

"Essa mudança indica de certa maneira um princípio de independência da Petrobras em relação à ingerência política," completa.

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