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Bovespa fecha em alta de 2% após tocar 60 mil pontos

16 set 2014 - 19h13

A Bovespa fechou em alta pelo segundo dia seguido nesta terça-feira, com o seu principal índice chegando a superar os 60 mil pontos, por apostas relacionadas a pesquisas eleitorais, em sessão também influenciada por expectativas com o resultado da reunião do banco central dos Estados Unidos, na quarta-feira.

Próximo do encerramento, o Ibovespa perdeu um pouco o fôlego, encerrando a sessão com alta de 2%, a 59.114 pontos. Na máxima do dia, o índice subiu 3,96% a 60.242 pontos.

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O volume financeiro do pregão alcançou R$ 10 bilhões, acima da média diária em setembro, de R$ 8,71 bilhões, e do ano, de R$ 6,76 bilhões.

Agentes no mercado citaram um componente político forte no avanço do índice, com especulações de que uma pesquisa que espelha a do Ibope que deve ser divulgada nesta noite teria mostrado candidata do PSB, Marina Silva, ampliando a vantagem sobre a presidente Dilma Rousseff (PT) na simulação de segundo turno.

Na noite de segunda-feira, Vox Populi revelou estabilidade nas intenções de votos, o que foi bem recebido no mercado desde cedo pois manteve Marina em empate técnico com Dilma no segundo turno, mesmo com o tom agressivo nas campanhas e com a menor exposição dela no horário eleitoral, disseram operadores.

A semana ainda reserva pesquisa do instituto Datafolha, que irá a campo nos dias 17 e 18.

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Papéis de empresas ligadas à dinâmica eleitoral, que sofreram nas primeiras semanas do mês conforme as pesquisas mostraram uma disputa mais acirrada, dispararam, com Petrobras chegando a avançar mais de 7% na máxima nesta terça-feira, e com giro expressivo.

O cenário internacional corroborou o viés de alta no pregão paulista, com agentes considerando que o Federal Reserve pode não anunciar alterações em sua política monetária na quarta-feira, apenas dando mais detalhes sobre os gatilhos que irão guiar as mudanças.

Vídeo publicado pelo The Wall Street Journal indicando que o Fed manterá no comunicado da reunião a referência "horizonte relevante" sobre o nível dos juros reforçou tal percepção, levando Wall StreetIXIC a máximas.

Ainda assim, operadores atribuíram a desaceleração do Ibovespa no final da jornada a movimentos de realização de lucros e redução de posições antes da decisão do Fed, uma vez que sinais no sentido de alta do juro americano antes do esperado podem adicionar pressão negativa aos mercados globais.

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Fluxo, empresas

Em nota a clientes, o estrategista da Itaú Corretora Lucas Tambellini também chamou atenção para o fluxo de recursos para a bolsa, particularmente de estrangeiros, avaliando que deve continuar prevalecendo por mais algumas semanas no cabo-de-guerra entre fluxo e fundamentos.

"E, consequentemente, o mercado acionário poderá apresentar novas altas", disse.

Dados da BM&FBovespa mostram que o saldo de capital externo na bolsa está positivo em R$ 2,7 bilhões em setembro até o dia 12, enquanto os estrangeiros estavam comprados em 87.080 contratos de Ibovespa futuro no dia 15.

No noticiário corporativo, destaque para os papéis da operadora Oi, após notícia de que a Telecom Italia, dona da TIM Participações, considera possível oferta para comprar a Oi. Na contramão, as ações da TIM recuaram 4,14%.

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As ações da Gol voltaram ao azul nesta sessão, também amparadas em dados operacionais de agosto da empresa bem avaliados por analistas.

A Cemig terminou em baixa, após o coordenador-geral do programa de governo do candidato do PT ao governo de Minas Gerais dizer, em entrevista ao jornal Valor Econômico, que entre as intenções de um futuro governo petista está a redução da tarifa de energia elétrica no Estado.

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