A Bovespa encerrou o último pregão de abril no azul, após sessão volátil, com o avanço das ações da Vale na segunda etapa do pregão garantindo o viés positivo, em meio à repercussão do resultado trimestral da mineradora.
O índice encontrou suporte nesta quinta-feira principalmente na alta de Petrobras, após renovação de boa parte de seu Conselho de Administração, e na disparada de Lojas Renner com a repercussão favorável ao balanço.
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O Ibovespa fechou na máxima do dia, em alta de 1,63%, a 56.229 pontos. Na mínima, caiu 0,44%. O volume financeiro alcançou R$ 10,15 bilhões.
Na semana, encurtada pelo feriado do Dia do Trabalho na sexta-feira, o principal índice recuou 0,64%, mas no mês acumulou alta de 9,93%.
O desempenho em abril foi amparado principalmente na forte entrada de capital externo, que somava R$ 7,7 bilhões até o dia 27. Tais entradas foram impulsionadas em grande parte pela incerteza sobre o início da alta dos juros norte-americano, que manteve a liquidez elevada no exterior.
Mas também corroborou o movimento um arrefecimento nas apreensões acerca de fatores domésticos, com a avaliação de que equipe econômica trabalha para "arrumar a casa".
A taxa de câmbio depreciada, com o dólar ao redor de R$ 3,20 no final de março, e um agressivo movimento de cobertura de posições vendidas em ações importantes como as ordinárias da Petrobras e da Vale endossaram os ganhos do mês.
Os papéis ordinários da petroleira estatal acumularam ganho de quase 50% em abril, em meio à divulgação do balanço auditado de 2014, enquanto Vale ON subiu quase 30%, seguindo a recuperação dos preços do minério de ferro.
Novas altas dependerão de sinais mais concretos de melhora da economia interna e principalmente de nenhuma surpresa quanto a uma antecipação do aperto monetário norte-americano, ao mesmo tempo em que o câmbio já não é mais tão favorável.
O estrategista do Bank of America Merrill Lynch para a América Latina, Felipe Hirai, lembrou em relatório nesta semana que em oito das 11 vezes em que bolsa e moeda valorizaram-se ao redor de 10% ao longo de um mês houve correção para baixo nos 30 dias seguintes.
O real terminou abril com valorização acumulada de 5,9%, mas até o fechamento do dia 27 tinha ganho de 9,21%.
Quinta-feira
Nesta quinta-feira, as preferenciais da Vale fecharam em alta de 6,20 e as ordinárias
A ampliação dos ganhos dos papéis da Petrobras ajudou a firmar o Ibovespa no território positivo, um dia após eleição de novos membros para o Conselho de Administração da companhia. As preferenciais subiram 1,79% e as ordinárias, 3,79%.
A disparada de quase 10% de Lojas Renner
Gafisa saltou 12,45%, após a empresa avisar que há grupos interessados em comprar participação societária nos segmentos Gafisa e Tenda, embora até o momento não exista documento celebrado.
Natura foi outro destaque positivo, com alta superior a 10%, diante do lucro líquido acima das expectativas e anúncio de reajuste de preço em algumas categorias de produtos.
Embraer subiu 4,35%, apesar prejuízo de R$ 188 milhões no primeiro trimestre. Em nota a clientes, o BTG Pactual disse que o resultado, apesar de negativo, veio acima das suas expectativas.
JBS avançou 3,60%, na esteira da repercussão dos números de sua subsidiária norte-americana Pilgrim's Pride.
A ação ordinária da Eletrobras recuou quase 7%, em meio a notícia de que a estatal de energia atrasou a apresentação de seu relatório anual para Securities and Exchange Comission (SEC, órgão que regula o mercado de capitais dos Estados Unidos)
O dia ainda trouxe a terceira e última prévia da carteira do Ibovespa que irá vigorar a partir de 4 de maio, confirmando a entrada de Smiles e a saída de Even, PDG Realty e Light.