A Bovespa fechou em baixa nesta segunda-feira (26), com queda do Ibovespa em 0,41%, a 48.576 pontos. O giro financeiro do pregão foi de R$ 4,7 bilhões.
Na mínima do dia, o índice chegou a cair 1,58%, mas devolveu parte das perdas sustentado pela alta das ações de Itaú Unibanco e Bradesco.
A preocupação do mercado deve-se ao ritmo lento do crescimento da economia brasileira por conta da possibilidade de racionamento de energia - além de um cenário desfavorável para as commodities.
"A queda (do Ibovespa) está muito atrelada ao fato de o mercado já estar colocando no preço o medo de um racionamento (de energia) e como isso pode interferir na atividade econômica. A pesquisa Focus desta segunda-feira (26) serviu como a cereja do bolo para tudo isso", disse o analista da Clear Corretora, Raphael Figueredo.
O relatório Focus divulgado nesta manhã mostrou que a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2015 despencou a 0,13%, contra 0,38% no levantamento anterior, na quarta semana seguida de revisão para baixo das previsões.
Sobe e desce das ações
Somando-se ao noticiário negativo, o preço do minério de ferro no mercado à vista da China atingiu nova mínima de cinco anos e meio.
Citando a queda dos preços do minério no mercado mundial, a agência de classificação Standard & Poor's reduziu o rating de longo prazo em moeda estrangeira da mineradora Vale na sexta-feira, o que levou as ações da empresa a caírem mais de 4% neste pregão.
A Bradespar, que tem investimentos na mineradora brasileira, teve a segunda maior baixa do Ibovespa, de 6,22%. A PDG Realty, do setor imobiliário, teve a maior queda percentual do dia, de 13%.
Participantes do mercado também viram certa aversão ao risco na bolsa por conta da expectativa pelo balanço do 3º trimestre da Petrobras, que pode ser divulgado na terça-feira; e a situação da Grécia, com a vitória do partido esquerdista Syriza na eleição, que pode gerar instabilidade na zona do euro.
As bolsas europeias, contudo, fecharam o dia em alta, ainda repercutindo o anúncio do programa de compra de títulos do Banco Central Europeu (BCE).
No terreno positivo, destaque para as ações de educação, que se recuperam de quedas recentes, e do setor de papel e celulose. A Suzano subiu 2%, com a expectativa de redução do endividamento da companhia.
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