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Bovespa fecha em queda de 1,3% e renova mínima de março

O giro financeiro do pregão somou R$ 5,5 bilhões e acumula perda de 9,46% no mês

10 dez 2014 - 19h17
(atualizado às 19h17)
<p>O petróleo foi pressionado, entre outros fatores, pela previsão da Opep de menor demanda para a commodity em 2015</p>
O petróleo foi pressionado, entre outros fatores, pela previsão da Opep de menor demanda para a commodity em 2015
Foto: Lucy Nicholson / Reuters

A Bovespa fechou em queda nesta quarta-feira pelo terceiro dia consecutivo, com o Ibovespa renovando mínima desde março, abaixo dos 50 mil pontos.

O quadro desfavorável no exterior também abriu espaço para realização de lucros em ações com relevante peso no índice, como as dos bancos Itaú e Bradesco, que acumulam valorização próxima de 30% no ano em 2014.

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Nesse contexto, o Ibovespa fechou em baixa de 1,29%, a 49.548 pontos, no menor patamar de fechamento desde 26 de março. O giro financeiro do pregão somou R$ 5,5 bilhões. No mês, o índice acumula perda de 9,46%.

A queda dos papéis da Petrobras exerceram forte pressão negativa no índice, em meio à queda acentuada do petróleo e à apreensão de investidores quanto a potenciais desdobramentos de ações judiciais contra a empresa nos Estados Unidos.

O recuo da Vale também pesou, com preço do minério de ferro negociado na China aproximando-se do piso em mais de cinco anos, enquanto dados de inflação chinesa corroboraram o cenário de desaceleração do país.

A operadora TIM, por sua vez, disparou no final da sessão e fechou em alta de 11,3%, após reportagem da Bloomberg de que as rivais Oi, a Telefónica, dona da Vivo, e Claro, preparam oferta de US$ 15 bilhões pela operadora.

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"A pressão em commodities está bem visível no mercado local, com Petrobras e Vale liderando as quedas, a despeito dos patamares já deprimidos", observou Thiago Montenegro, operador da Quantitas Asset Management. No ano, as preferenciais da Petrobras e da Vale acumulam perda de 33% a 44%, respectivamente.

"A nova equipe econômica ainda está lenta em mobilizar a confiança dos agentes, mas acho que o que está sendo preponderante é o cenário de excesso de oferta de commodities para os próximos anos e o quanto as grandes empresas brasileiras estão no contrapé do ciclo", avaliou.

Wall Street e queda nos papeis

Em Wall Street, a queda das ações do setor de energia pressionavam os principais índices acionários, preços do petróleo voltavam a atingir a mínima em cinco anos. O S&P 500 caía 1,35%, enquanto o contrato de petróleo nos EUA encerrou em baixa de 4,5%, a US$ 60,94 o barril.

Em Wall Street, a queda das ações do setor de energia pressionavam os principais índices acionários
Foto: Brendan McDermid / Reuters

O petróleo foi pressionado, entre outros fatores, pela previsão da Opep de menor demanda para a commodity em 2015.

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Nesse ambiente, as ações da Petrobras renovaram os menores níveis desde 2005, com as preferenciais caindo 4,7%, a R$ 10,83, e as ordinárias recuando 4,17%, a poucos dias da divulgação do balanço não auditado do terceiro trimestre na sexta-feira.

No front corporativo, Cemig caiu 3,3%, após a ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Assusete Magalhães, pedir vista no processo que analisa a prorrogação da concessão da hidrelétrica Jaguara por mais 20 anos.

ALL fechou em alta de 1% após o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) divulgar parecer contra a união da transportadora ferroviária e da Rumo Logística, do grupo de infraestrutura e energia Cosan.

Para a equipe da corretora Brasil Plural, o acordo será aprovado com restrições, que poderiam dar maior transparência sobre preços, tarifas e volumes movimentados por tipo de carga, com o cenário mais negativo contemplando exigência de garantias pelo Cade de capacidade para determinados setores.

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Em nota a clientes, o BTG Pactual citou como positivo para a ALL a notícia de que a Conab elevou em 5,8% a previsão da safra de soja do Brasil 2014/15, para um recorde de 95,8 milhões de toneladas.

Fora do Ibovespa, Eneva caiu 33,8% após a empresa de energia elétrica controlada pela alemã E.ON entrar com pedido de recuperação judicial porque não conseguiu renovar acordo com bancos credores.

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