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Bovespa fecha em queda e tem 2ª semana no vermelho

Índice acumulou desvalorização de 2,7% a 53.157 pontos

27 jun 2014 - 17h57
Foto: Getty Images

A Bovespa encerrou em baixa esta sexta-feira, pressionada por ações de grande peso em seu principal índice, após dados fiscais corroborarem a percepção de atividade econômica fraca no Brasil.

O Ibovespa caiu 0,65%, a 53.157 pontos. Na semana, o índice acumulou desvalorização de 2,71%, segunda baixa semanal consecutiva. O giro financeiro do pregão somou R$ 4,94 bilhões, abaixo da média diária de R$ 6,6 bilhões em 2014, apesar de inflado por leilão de units da SulAmérica, que movimentou R$ 526 milhões.

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A bolsa operou sem rumo no começo do pregão, até temores sobre o ritmo lento da economia doméstica se agravarem com a divulgação de dados fiscais. Os números levaram o índice a cair 1% na mínima do dia, abaixo dos 53 mil pontos.

A arrecadação federal do país recuou quase 6% em maio, ante mesmo mês de 2013, para R$ 88 bilhões, menor patamar para meses de maio em três anos. A baixa arrecadação contribuiu para que o governo central registrasse déficit primário de R$ 10,502 bilhões em maio, pior resultado para o mês.

"O mais relevante foi o resultado muito fraco da arrecadação, mais um indicador que reflete menor atividade econômica no Brasil", disse o economista Gustavo Mendonça, da Saga Capital. Ao contrário de semanas anteriores, notícias que pudessem dar algum alento aos compradores não vieram. "O mercado está bem fraco sem a divulgação de pesquisas eleitorais nesta semana", disse o gerente de renda variável da H. Commcor, Ariovaldo Santos.

Bradesco e outros pesos-pesados, como Petrobras e Ambev exerceram as maiores pressões de baixa no Ibovespa. Já o setor de siderurgia ficou entre as maiores quedas percentuais do índice, após o Bank of America Merrill Lynch rebaixar a recomendação de Usiminas, Gerdau e CSN.

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No sentido oposto, Marfrig teve a maior alta, de 5,18%, após ter a recomendação elevada para "compra" pelo BTG Pactual. O banco também elevou o preço-alvo da ação da segunda maior processadora de carne bovina do país para R$ 7, ante R$ 5.

O BTG afirmou que iniciativas da administração e potenciais ofertas públicas iniciais de ações de subsidiárias no exterior podem iniciar a necessária desalavancagem no balanço da empresa e uma reavaliação potencialmente expressiva do valor das ações. Também do setor de alimentos, BRF teve a terceira maior alta do índice, após ter recomendação reiterada como "top pick" e o preço-alvo elevado de R$ 57 para R$ 61 pelo BTG.

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