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Bovespa fecha em queda puxada por Petrobras; Oi cai 13,6%

12 jan 2015 - 19h39
<p>Indefinição sobre a venda dos ativos portugueses da Oi para o grupo Altice derrubou papéis da empresa de telefonia</p>
Indefinição sobre a venda dos ativos portugueses da Oi para o grupo Altice derrubou papéis da empresa de telefonia
Foto: Paulo Whitaker / Reuters

A Bovespa fechou a primeira sessão da semana em queda, alinhada à trajetória negativa em Wall Street, com as ações da Petrobras entre as principais pressões negativas, em meio à forte queda do petróleo no mercado internacional.

Já os papéis preferenciais da operadora de telefonia Oi tiveram o pior desempenho do Ibovespa, com queda de 13,64%, ante as incertezas relacionadas à conclusão da venda de seus ativos portugueses para o grupo europeu Altice, após acionistas da Portugal Telecom SGPS adiarem assembleia que votaria sobre o negócio.

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O Ibovespa encerrou em baixa de 1,43%, a 48.139 pontos. O volume financeiro somou R$ 5,6 bilhões.

As ações da Petrobras mostraram alguma volatilidade na primeira etapa do pregão, mas firmaram-se no vermelho à tarde, conforme o petróleo ampliou a queda, com o Brent negociado abaixo de 48 dólares o barril. As preferenciais fecharam em queda de 5,21% e as ordinárias recuaram 5,60%.

A estatal concordou em pagar um adiantamento do 13º salário aos funcionários, já que não há data para o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) devido ao atraso na publicação do balanço do terceiro trimestre de 2014.

O mercado está na expectativa de reunião do Conselho de Administração da estatal, prevista para a terça-feira. Um fonte disse à Reuters que deverá ser eleito na ocasião o Diretor de Governança, Risco e Conformidade da petroleira. O balanço não está na pauta da reunião, segundo a fonte.

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No caso do petróleo, analistas do Goldman Sachs reduziram a previsão de referência de três meses para o Brent a 42 dólares por barril, ante 80 dólares, e para o barril nos EUA a 41 dólares por barril, ante 70 dólares.

Em Nova York, o índice S&P 500 perdia 1%, pressionado pela queda de papéis do setor de energia.

O setor financeiro, que detém significativa participação no Ibovespa, reforçou o viés negativo, com Itaú Unibanco à frente em queda de 2,42% e Bradesco caindo 1,78%.

Profissionais do mercado veem a possibilidade de tributação de investimentos em letras de crédito imobiliário (LCI) e agrícola (LCA), causando alguma pressão sobre os papéis de bancos, já que pode aumentar o custo de captação das instituições, assim como eventuais efeitos de desdobramentos das investigações da operação Lava Jato da Polícia Federal.

Em entrevista à Reuters na sexta-feira, um executivo do Itaú disse que o banco pode aumentar as provisões para perdas com inadimplência de empresas em 2015, como resultado dos efeitos do escândalo de corrupção envolvendo as maiores empreiteiras do País e a Petrobras.

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A desvalorização de papéis do setor de educação reforçou o viés negativo do principal índice da Bovespa, em queda pelo segundo pregão consecutivo nesta segunda-feira, conforme o mercado segue ajustando perspectivas após mudanças nos programas de financiamento ao ensino superior.

O Santander Brasil rebaixou a recomendação de Kroton e Estácio de "comprar" para "manter", citando as alterações no Fies e a percepção de aumento do risco regulatório. Fora do Ibovespa, rebaixou para "manter" Anima Educação e Ser Educacional.

Na contramão, Eletrobras avançou 1,71%, após primeiro entendimento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) avaliar que a Eletrosul, uma subsdiária da estatal federal de energia, tem direito à indenização de R$ 995 milhões por investimentos não amortizados nos ativos de transmissão de energia renovados.

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