A Bovespa perdeu o ímpeto ao longo desta segunda-feira (13) e fechou com o seu principal índice praticamente estável, após se aproximar dos 55 mil pontos, com o declínio no setor de educação e a queda nos papéis da Vale contrabalançando o avanço de Petrobras.
O Ibovespa terminou com variação positiva de 0,05%, a 54.239 pontos, após avançar mais de 1% na máxima do dia, a 54.866 pontos, renovando máxima intradia em 2015. O volume financeiro somou R$ 6,5 bilhões.
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"Rumores de que o balanço da Petrobras poderia vir na sexta-feira e de que ela pensa em vender ativos incluindo do pré-sal repercutem bem, pois diluiriam o risco", disse o analista de renda variável Fabio Lemos da gestora São Paulo Investments.
"Mas a agenda de indicadores macroeconômicos na semana está bastante intensa, no Brasil e no exterior, assim como a safra de resultados nos Estados Unidos, o que leva a crer que serão dias de grade volatilidade", acrescentou.
Petrobras desacelerou os ganhos após disparar 7% com notícia sobre venda de fatia na Braskem, embora tenha sustentado ganho forte, conforme segue a expectativa de divulgação do balanço auditado de 2014 no final da semana.
As preferenciais terminaram em alta de 3,81¨% e as ordinárias subiram 4,99%.
Os declínios de 4,83% em Kroton e de 3,74% em Estácio pesaram no índice, diante de relatório do Credit Suisse adotando visão mais cautelosa para o setor, incluindo corte de Estácio para "underperform".
Vale caiu 1,56% e foi mais uma pressão negativa, apesar da trégua na queda do preço do minério de ferro, com a S&P colocando o rating da empresa em observação negativa e o UBS cortando a recomendação do ADR para "venda".
Dados de comércio exterior chinês também afetaram Vale, além de JBS e BRF, com operadores ainda citando notícia de O Globo, segundo a qual, JBS e BRF aparecem em diálogos interceptados pela Polícia Federal na Operação Zelotes.
Os privados Itaú Unibanco e Bradesco reforçaram o viés de baixa, com declínios de 1,32% e 0,23%, dada a forte participação que têm no Ibovespa. A Fitch revisou nesta segunda a perspectiva dos bancos brasileiros.