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Bovespa fecha estável, mesmo com rebaixamento da Petrobras

O Ibovespa fechou em queda de apenas 0,12%, a 51.811 pontos, após recuar 1,59% e quase perder o patamar de 51 mil pontos na mínima

25 fev 2015 - 18h20
(atualizado em 26/2/2015 às 08h37)
<p>No fechamento, as preferenciais da Petrobras caíram 4,87% e as ordinárias recuaram 4,52%</p>
No fechamento, as preferenciais da Petrobras caíram 4,87% e as ordinárias recuaram 4,52%
Foto: Ricardo Moraes / Reuters

A Bovespa devolveu quase toda a queda no fim do pregão desta quarta-feira (25), em sessão marcada pela reação negativa de investidores ao rebaixamento da classificação de risco da Petrobras para "junk" pela Moody's, que fez as ações da estatal caírem quase 9% no pior momento da sessão.

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O Ibovespa fechou em queda de apenas 0,12%, a 51.811 pontos, após recuar 1,59% e quase perder o patamar de 51 mil pontos na mínima. O volume da sessão somou R$ 8,8 bilhões, acima da média do mês pela primeira vez na semana.

O principal índice da bolsa paulista abandonou as mínimas puxado principalmente por ganhos do setor de educação, com Estácio Participações à frente, em meio à cobertura de posições por agentes que tinham alugado os papéis para vendê-los (short squeeze), diante da melhora do noticiário do setor.

Petrobras no holofote

Mas o destaque do dia foi Petrobras e a redução da queda nos papéis da estatal também ajudou no alívio, após a Moody's cortar o rating da dívida em moeda estrangeira da companhia em dois degraus, de "Baa3" para "Ba2". No fechamento, as preferenciais caíram 4,87% e as ordinárias recuaram 4,52%.

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"O rebaixamento aumenta as chances de uma emissão de ações até o final do ano dadas as implicações negativas não só para a empresa, mas a seus fornecedores e às perspectivas macroeconômicas do Brasil", escreveu a analista Lilyanna Yang, do UBS. "Um choque de credibilidade ainda é altamente necessário", acrescentou.

Duas fontes do governo disseram à Reuters, contudo, que o governo federal descarta realizar uma capitalização da Petrobras neste momento.

Ao mesmo tempo, outras duas fontes disseram à Reuters que a estatal contratou o banco JPMorgan para coordenar a venda de US$ 3 bilhões (aproximadamente R$ 8,59 bilhões).

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Outra ação que pesou na ponta negativa do Ibovespa foi Banco do Brasil. O Goldman Sachs citou que cortes de investimentos da Petrobras podem afetar a qualidade dos empréstimos dos bancos brasileiros, enquanto o Credit Suisse destacou aumento na inadimplência dos bancos públicos em dados de crédito referentes a janeiro divulgados pela manhã pelo Banco Central.

Relatórios trimestrais

A temporada de balanços favoreceu a ação da Multiplan, enquanto Telefônica Brasil perdeu fôlego e terminou o dia em leve queda mesmo após divulgar lucro acima do esperado no quarto trimestre de 2014.

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Lojas Renner subiu 1,29%, após o Credit Suisse elevar a recomendação para "outperform", com preço-alvo de R$ 100, avaliando que a varejista segue bem preparada para enfrentar o ambiente macroeconômico mais desafiador.

Investidores seguiram atentos aos protestos de caminhoneiros no país, contra baixos preços de frete e custos elevados com combustíveis, que bloqueavam mais de 90 pontos de rodovias federais em diversos Estados, prejudicando o transporte de combustíveis, alimentos e matérias-primas no Brasil.

Em e-mail a clientes pela manhã, o Banco Espirito Santo Investimentos avaliou a BRF como a mais afetada por ter fábricas em todas as regiões com rodovias bloqueadas. A ação da fabricante de alimentos, que divulga resultado trimestral na quinta-feira, caiu 0,43%.

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