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Bovespa perde mais de 1% por Vale e medo de racionamento

Ministro das Minas e Energias, Eduardo Braga admitiu a chance de racionamento na véspera, embora tenha afirmado que o País ainda está longe disso

23 jan 2015 - 18h48
<p>A Sabesp, teve a maior queda do Ibovespa, de 11,65%, diante de sinais de piora do cenário hídrico do País</p>
A Sabesp, teve a maior queda do Ibovespa, de 11,65%, diante de sinais de piora do cenário hídrico do País
Foto: Eco Desenvolvimento

A Bovespa caiu mais de 1% nesta sexta-feira, após três ganhos consecutivos, refletindo temores de racionamento de energia e água no Brasil e pressionada pelas ações da mineradora Vale, que tiveram recomendação reduzida por um banco estrangeiro.

O Ibovespa perdeu 1,35%, a 48.775 pontos, encerrando a semana com baixa acumulada de 0,49%. O giro financeiro do pregão totalizou R$ 5,6 bilhões. A queda das bolsas nos Estados Unidos, por resultados corportativos desapontadores, também pesou no desempenho da bolsa brasileira. 

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Mas o principal apreensão no mercado doméstico veio da atual crise hídrica.

"Há uma preocupação geral com os setores de energia e água, ainda mais com o ministro (de Minas e Energia, Eduardo Braga) afirmando que se os reservatórios das hidrelétricas caírem abaixo do limite de 10%, o país pode precisar de racionamento. Isso acaba prejudicando a economia como um todo", disse Luiz Roberto Monteiro, operador da Renascença DTVM.

Braga admitiu a chance de racionamento na véspera, embora tenha afirmado que o País ainda está longe disso.

A concessionária de saneamento do Estado de São Paulo, Sabesp, teve a maior queda do Ibovespa, de 11,65%, diante de sinais de piora do cenário hídrico do País. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) previu nesta sexta que as chuvas que deverão chegar às represas da região Sudeste em janeiro sejam equivalentes a 43% da média histórica.

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Sobe e desce da Bovespa

O índice também foi pressionado pela Vale, após o Goldman Sachs reduzir a recomendação para os papéis da mineradora de compra para neutra, diante da piora em suas previsões para os preços do minério de ferro, do níquel e do cobre, que impactam o fluxo de caixa e os múltiplos da gigante brasileira.

No sentido oposto da sessão, a operadora Oi ganhou 3,55%, depois de já ter subido 32,2% nos dois pregões anteriores
Foto: Paulo Whitaker / Reuters

A preferencial da mineradora na Bovespa caiu 5,32%, enquanto a ADR recuava quase 10%. O Goldman cortou ainda o preço-alvo da ação da CSN de R$ 4 para R$ 3,80, mantendo a recomendação de venda. Os papéis da empresa tiveram a terceira maior baixa do Ibovespa.

Ações de bancos também recuaram, assim como Petrobras, com o mercado na expectativa pelo balanço do terceiro trimestre da estatal, que pode ser divulgado na próxima terça-feira. A Petrobras informou nesta sexta-feira que ainda avalia valor de baixas contábeis que poderá fazer em função dos desdobramentos da Operação Lava Jato.

No sentido oposto, a operadora Oi ganhou 3,55%, depois de já ter subido 32,2% nos dois pregões anteriores pela expectativa de aprovação por acionistas da Portugal Telecom da venda de seus ativos portugueses à Altice.

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A aprovação ocorreu na véspera, encerrando várias semanas de incerteza.

Embraer foi outra ação que despontou entre as principais altas, com ganho de 3,29%.

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