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Bovespa sobe 1,2% com recuperação de Petrobras e Vale

Analista diz, no entanto, que não houve qualquer mudança nos fundamentos que justifique cenário positivo.

9 fev 2015 - 18h14
(atualizado em 10/2/2015 às 10h57)

A Bovespa fechou a segunda-feira em alta, em meio à recuperação das ações da estatal do petróleo Petrobras e forte avanço dos papéis da mineradora Vale, em sessão com a primeira etapa dos negócios marcada pelo vencimento dos contratos de opções sobre ações.

<p>Números desfavoráveis de importações da China indicaram que o país irá adotar novo estímulo econômico.</p>
Números desfavoráveis de importações da China indicaram que o país irá adotar novo estímulo econômico.
Foto: Nacho Doce / Reuters

O Ibovespa subiu 1,21%, a 49.382 pontos. O volume financeiro somou R$ 7,6 bilhões, sendo que o exercício de opções respondeu por R$ 1,578 bilhão.

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O gestor da NP Investimentos Julio Erse, contudo, mostrou cautela ante o desempenho do mercado neste início de semana, citando que não houve qualquer mudança nos fundamentos que justifique alguma animação. "O cenário continua difícil para o lucro (das empresas) e o fluxo. Tudo continua muito incerto", disse.

As ações da Petrobras chegaram a cair mais 4% na abertura, ainda em meio à repercussão da troca de comando na estatal e incertezas sobre o rumo da companhia, e após bancos estrangeiros reduzirem a recomendação para os papéis.

Mas no início da tarde, passado o vencimento de opções, as ações mudaram de direção. As preferenciais fecharam em alta de 1,75% e as ordinárias subiram 1,88%. O Credit Suisse rebaixou os papéis da estatal para "underperform" e o Citi para "neutra".

Petrobras chamou a atenção pela reação, mas a Vale foi a que mais contribuiu para o desempenho positivo do Ibovespa, com alta de 4,49%, em dia de novo avanço do dólar frente ao real, perto das máximas em mais de uma década. Números desfavoráveis de importações da China também sustentaram especulações de que Pequim irá adotar novo estímulo econômico.

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O câmbio também foi citado por operadores para explicar a alta de siderúrgicas como Usiminas , que subiu 8,76% no dia, mas ainda acumula queda de mais de 20% em 2015. Uma taxa cambial depreciada ajudaria a ganhar mercado e facilitaria o repasse de aumento de preços.

A empresa de educação Kroton colaborou com a alta do Ibovespa ao subir 4,39%, após cair mais de 10% na sexta-feira, em meio a ajustes nas previsões de crescimento diante das alterações no programa de financiamento ao ensino superior, o Fies.

Entre os destaques de baixa, Qualicorp engatou a terceira sessão seguida de queda expressiva, de 4,59%, em meio a preocupações sobre possíveis mudanças pelo governo nas regras para os planos de saúde. Apenas em fevereiro, o papel já cai mais de 16%.

Marcopolo também chamou atenção na ponta negativa, em baixa de 3,92%. A equipe da corretora Brasil Plural destacou notícias na imprensa no fim de semana sobre possíveis cortes de subsídios e benefícios fiscais com efeitos no setor que poderiam representar mais pressão negativa à companhia.

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Braskem perdeu 3,03%, após a petroquímica afirmar que três polos no País podem ter que interromper a produção se o impasse com a fornecedora de nafta Petrobras persistir, segundo matéria publicada no Estado de S.Paulo.

Da safra de balanços, Hypermarcas recuou 1,25%, em meio ao lucro de quarto trimestre abaixo do esperado, divulgado na sexta-feira. Em teleconferência nesta segunda-feira, disse ver demanda "normal" no início do ano.

Localiza caiu 0,51%, após lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ter ficado praticamente estável no quarto trimestre na comparação anual. A companhia disse estar mais conservadora sobre o pagamento de dividendos.

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