Mesmo após elevar a Selic para 14,25% ao ano, Brasil caiu para quarta posição no ranking global de juros reais com 8,79%, atrás de Turquia, Argentina e Rússia.
Mesmo após elevar a taxa básica de juros, o Brasil perdeu a liderança no ranking global de juros reais e agora ocupa a quarta posição. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira, 19, aumentar a Selic em 1 ponto percentual, para 14,25% ao ano. No entanto, segundo levantamento da Moneyou, o juro real do país ficou em 8,79%, atrás de Turquia (11,90%), Argentina (9,35%) e Rússia (8,91%).
O juro real é calculado subtraindo a inflação projetada para os próximos 12 meses da taxa de juros nominal. A queda do Brasil no ranking se deve, segundo a Moneyou, à sinalização do Banco Central de que a Selic pode continuar subindo (“forward guidance”) e à persistência da inflação no país. O cenário econômico dos Estados Unidos, com riscos de recessão, também influenciou na mudança de posições.
Outro destaque recente no ranking é a Argentina, que saiu das últimas posições para as primeiras devido à queda na inflação e na taxa de juros. Já na outra ponta, a Holanda ocupa agora a última colocação, com juros reais negativos de -3,73%.
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Brasil mantém quarta posição nos juros nominais
Quando considerados os juros nominais — sem o desconto da inflação —, o Brasil também permaneceu na quarta colocação, atrás de Turquia (42,5%), Argentina (29%) e Rússia (21%).
A taxa média de juros reais entre as economias analisadas foi de 1,70%. Além da Holanda, outras 11 economias registram juros reais negativos, como a Dinamarca (-2,48%). Já países como Japão e Suíça têm uma taxa de juros nominal de apenas 0,50%.