O Brasil deve observar um crescimento de 22% no número de milionários até 2028, segundo o Relatório Global de Riqueza (Global Wealth Report) 2024, do banco suíço UBS. A quantidade de pessoas milionárias no País, com patrimônio igual ou superior a US$ 1 milhão, deve saltar de 380.585 para 463.797 no período.
O relatório ainda mostra que a riqueza média por adulto no Brasil cresceu mais de 375% desde a crise financeira de 2008. "Isso é mais do que o dobro do crescimento do México, que foi de pouco mais de 150%, e mais do que os 366% da China continental", diz o UBS.
A riqueza individual evoluiu significativamente na maioria dos mercados desde 2008. No entanto, isso pode passar despercebido em alguns países, porque há uma diferença substancial entre a riqueza média e mediana, aponta o relatório, como ocorre no Brasil. A riqueza média é calculada pela soma de toda a riqueza da população dividida pelo número de pessoas, enquanto a riqueza mediana é o valor que separa a metade mais rica da metade mais pobre da população.
Na maioria dos mercados analisados pelo UBS, a riqueza média em 2023 é significativamente maior do que a riqueza mediana por adulto. No Brasil, a riqueza média excede a riqueza mediana em cinco vezes. Isso demonstra grande desigualdade na distribuição da riqueza, uma vez que uma pequena parcela da população possui uma parte significativa da riqueza total.
Mesmo com o crescimento na riqueza individual, o Brasil tem a terceira maior taxa de desigualdade de riqueza (medida pelo índice de Gini) da amostra de 56 países analisados pelo banco, atrás apenas da Rússia e da África do Sul. No período de 2008 a 2023, o índice Gini do País aumentou em 16%.