Os ministérios de Relações Exteriores e de Minas e Energia do Brasil defenderam nesta sexta-feira um acordo com o Paraguai sobre a contratação da energia da hidrelétrica de Itaipu que foi tornado sem efeito na semana passada em meio a uma crise política no país vizinho.
O acordo gerou polêmica no Paraguai por ser visto no país como favorável aos brasileiros, levando a ameaças de impeachment do presidente Mario Abdo. Depois disso, os paraguaios decidiram unilateralmente tornar sem efeito o acerto, em posicionamento negociado previamente com o governo brasileiro.
Segundo os ministérios, o acordo "buscava corrigir uma defasagem histórica na contratação da energia de Itaipu" por parte da Ande (estatal paraguaia), buscando "reequilibrar essa relação, de modo que cada parte pague pela energia que efetivamente consome".
O Itamaraty e a pasta de Minas e Energia ainda afirmaram que "todo o processo de negociação da ata bilateral não foi secreto" e o acerto "foi fruto de consenso entre os representantes dos dois países no sentido de se chegar a um acordo justo para ambas as partes".
"Por fim, o Brasil continua dialogando com o Paraguai, de forma a construir as soluções que contribuam para a correção dos eventuais desequilíbrios em relação a contratação da energia produzida", concluíram as pastas, em seu primeiro comunicado desde as primeiras notícias sobre o assunto.