A presidente Dilma Rousseff oferece atenção especial ao presidente da China, Xi Jinping, que faz visita de Estado ao Brasil nesta quinta-feira. A China é a segunda maior economia do mundo e compõe com o Brasil, Rússia, Índia e África do Sul o bloco emergente Brics. Governo e empresários aproveitam a visita para tentar ampliar a corrente de comércio entre os dois países.
Um dos momentos mais aguardados pelo setor produtivo foi o da assinatura de atos, referentes a acordos que podem alavancar investimentos mútuos. Brasil e China firmaram 54 acordos, a maioria comercial. Há memorandos de entendimento para cooperação ferroviária, investimento e cooperação industrial, infraestrutura, dentre outros.
“Reiterei ao presidente Xi Jinping minha expectativa sobre a participação de empresas chinesas nos projetos de infraestrutura e logística”, afirmou Dilma, em declaração à imprensa. Ela ressaltou também o fato de que, mesmo em cenário econômico internacional adverso, Brasil e China mostram capacidade de superação. “Vamos seguir estimulando o crescimento contínuo e estádio do comércio bilateral”, acrescentou Xi Jinping.
Dentre os atos empresariais, destaque para a Tianjin Airlines, aérea ligada a Hainan Airlines, que comprou 40 jatos da Embraer. Outro ato empresarial de destaque é um protocolo de intenção sobre cooperação de computação em nuvem assinado pela Huawei.
Além de haverem mantido contato nos últimos dois dias em reuniões de cúpula do Brics, Dilma e Jinping cumprem uma agenda robusta nesta quinta-feira, que inclui reuniões e almoço, comuns em visitas de Estado, mas também acrescentado de participação em encontro empresarial e uma atividade empresarial.
No setor de financiamento, foram firmados acordos entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco de Desenvolvimento da China, o Export-Import Bank of China e a China Investment Corporation, empresa que gerencia parte dos recursos do fundo soberano chinês. “(Os acordos) São uma demonstração de grande interesse do sistema financeiro em interagir com o Brasil e com o BNDES, particularmente”, avaliou o presidente do BNDES, Luciano Coutinho.