A menor eficiência das empresas fez o Brasil cair no ranking mundial de competitividade pelo quarto ano seguido. De acordo com Índice de Competitividade Mundial, o país ficou em 54º lugar entre 60 países analisados em 2014. Em relação ao ano passado, o Brasil recuou três lugares.
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Nos últimos quatro anos, o Brasil foi o país que mais perdeu posições, caindo 16 colocações. Em 2010, o Brasil estava em 38º lugar. Estados Unidos, Suíça e Cingapura lideram o ranking. O Brasil ficou à frente apenas da Eslovênia, Bulgária, Grécia, Argentina, Croácia e Venezuela.
A pesquisa foi elaborada pelo International Institute for Management Development (IMD), escola de negócios com sede da Suíça. No Brasil, a coleta e a análise de dados ficou a cargo da Fundação Dom Cabral, instituição privada de ensino dedicada à área de negócios.
De acordo com os autores da pesquisa, os resultados mostraram uma mudança em relação aos anos anteriores. Até 2013, o Brasil perdia posições no ranking por causa da evolução de outros países. Neste ano, no entanto, a queda está diretamente relacionada a fatores ligados à economia brasileira, como o aumento de custos provocado pela inflação e a baixa inserção do país no comércio exterior, fator que tem feito as empresas brasileiras perderem participação no mercado internacional em meio à concorrência com os importados.
O levantamento cita ainda o sistema tributário complexo, a legislação trabalhista, as altas taxas de juros e a infraestrutura defasada como fatores que fazem o Brasil perder competitividade internacional. No ranking de produtividade das empresas, o país ficou em penúltimo, à frente apenas da Venezuela.
Apesar da classificação ruim, o Brasil registrou posições elevadas em alguns aspectos relacionados à economia interna. Ficou em sexto lugar no ranking de emprego e em sétimo no ranking de consumo das famílias e de atração de investimentos estrangeiros diretos (investimentos externos que geram emprego). No entanto, a pesquisa considera que esses fatores, que impulsionaram a economia brasileira na década passada, deixaram de sustentar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no País).
Para os autores do estudo, os países mais competitivos são os que oferecem condições para que as empresas tenham sucesso nacional e internacional, promovam o crescimento da economia e melhorem o bem-estar da população. Entre as condições, estão bom desempenho econômico, boa infraestrutura, desenvolvimento tecnológico e governos e empresas eficientes.