O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, voltou a ressaltar nesta quarta-feira a necessidade de o país voltar para a disciplina fiscal no pós-pandemia, já que o problema principal do Brasil agora é "dívida grande para administrar".
"Ponto superimportante, talvez ponto chave, é conquistar credibilidade com continuação das reformas e com plano que indique clara percepção para investidores que país está preocupado com trajetória da dívida", disse ele, em evento organizado pelo Sicoob Engecred.
O presidente do BC, que tem falado repetidamente sobre o tema em eventos públicos, destacou que a curva de juros doméstica é hoje uma das mais inclinadas do mundo, o que demonstra incerteza quanto ao quadro fiscal à frente.
Nesse sentido, ele reconheceu que os agentes estão ansiosos sobre eventual extensão do programa de auxílio emergencial ou não. Campos Neto, contudo, disse que a visão do BC é semelhante à externada pelo secretário do Tesouro, Bruno Funchal, na terça-feira: há muito pouco ou zero espaço para qualquer tipo de medida fiscal.