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Brasil quer ter a primeira presidência do banco do Brics

Instituição deve ser criada em reunião com líderes das principais economias emergentes amanhã; nesta segunda, ministros da área econômica definem os ajustes finais dos acordos

14 jul 2014 - 07h40
<p>Chefes de estado dos países que formam o grupo dos Brics posam para foto após reunião durante cúpula de G20 em Strelna, próximo a São Petersburgo, em setembro de 2013</p>
Chefes de estado dos países que formam o grupo dos Brics posam para foto após reunião durante cúpula de G20 em Strelna, próximo a São Petersburgo, em setembro de 2013
Foto: Sergei Karpukhin / Reuters

A expectativa de criação de um banco de desenvolvimento conjunto bem como o arranjo contingente de reservas (tipo de mecanismo anti-crise) marca o início da cúpula do bloco emergente formado por Brasil, Rússia, Índica, China e África do Sul (Brics). Nesta segunda-feira, os últimos detalhes de quatro acordos que serão fechados por ministros de finanças e comércio internacional dos cinco países-membro, reunidos em Fortaleza para o sexto encontro do grupo.

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Dentre os acordos, a maior discussão gira em torno de definições políticas sobre o Novo Banco de Desenvolvimento (nome já definido para a nova instituição). O Brasil abriu mão de concorrer para ser a sede, mas quer agora ser ter a primeira presidência – cujo mandato é de cinco anos. Politicamente, ser o primeiro presidente implica poder tomar das primeiras decisões e fazer as primeiras definições de operação do banco.

O que está definido sobre a presidência é que ela será rotativa e será conduzida por um executivo a ser indicado pelo país que estiver no rodízio. O país que sediar o banco consequentemente será o último a poder indicar o presidente da instituição. No momento, estão no páreo na disputa para a sede as cidades de Nova Délhi (Índia) e Xangai (China). O governo brasileiro tem mais simpatia pela cidade chinesa, que já começa a se projetar como uma capital financeira da Ásia.

A estrutura básica da instituição já está definida. Para evitar sobreposição de poder, os cinco sócios terão cotas igualitárias, de 20% cada. O capital inicial da instituição será de US$ 50 bilhões para investimentos em projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável. Já a organização do banco será nos moldes de uma sociedade anônima (S.A.), com conselho de governadores (representado os países), conselho de administração e um presidente (CEO).

A criação de um banco formado apenas por emergentes vem chamando a atenção de outros países, uma vez que a instituição terá a mesma atuação do Banco Mundial. “Um pouco de competição nunca é demais. Você ter uma instituição que faça com que as instituições existentes procurem ser mais eficientes, mais ágeis e atender melhor os seus clientes, também”, disse, em condição de anonimato, uma fonte a par das negociações.

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A primeira ideia de criação de um banco de desenvolvimento conjunto entre do Brics surgiu em 2012, mas as negociações se iniciaram no ano passado, na última cúpula, que ocorreu em Durban (África do Sul).

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Fonte: Terra
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