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Brasil tem mais de 200 milhões de vítimas de estelionato, aponta pesquisa

Crescimento no percentual de crimes eletrônicos em um ano foi de 65%

20 jul 2023 - 19h27
(atualizado às 19h28)
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Foto: Agência Brasil

Quando viu na internet o anúncio promocional de uma viagem para Bariloche, na Argentina, o advogado Marcos Henrique (nome fictício) pensou ter encontrado a oportunidade perfeita para presentear a esposa nas férias. Com uma reserva que tinha, ele comprou um pacote completo para a charmosa cidade localizada a 1,6 mil km ao sul de Buenos Aires

O pacote que o advogado contratou com uma agência de viagem era completo, com passagem de ida e volta, estadia em um excelente resort e entretenimento. Ao todo, gastou R$ 15 mil.

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No entanto, o que era para ser uma viagem dos sonhos, acabou em prejuízo. Poucos meses antes do embarque, o advogado perdeu contato com o agente de viagem, que parou de respondê-lo no WhatsApp. 

"Fui enganado. Não tinha promoção alguma. Era tudo uma farsa. Cheguei a indicar a agência para minha irmã, que perdeu R$ 4 mil. Teve uma outra conhecida que comprou o pacote e, quando chegou no aeroporto, não tinha nenhuma passagem reservada em seu nome", relatou a vítima. 

Casos semelhantes a estes são frequentes no País. No ano passado foram mais de 200 mil registros de vítimas desse tipo de crime, aumento de 65,2% ante o ano anterior, segundo dados do relatório anual do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira, 20. 

Entre os Estados, Roraima chama a atenção pelo crescimento expressivo de 1.155% na quantidade de golpes digitais, saltando de 59 em 2021 para 759 no ano seguinte. Goiás também viu o número de crimes saltar de 128 para 1.461 no mesmo período - aumento de 1.027%. 

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Estelionato eletrônico

Apesar dos números expressivos em algumas regiões, o relatório não traz dados de algumas unidades da federação, como São Paulo, Bahia, Ceará e Rio de Janeiro. A fraude eletrônica passou a ser tipificada no Código Penal só em 2021.

Veja abaixo as taxas de estelionato eletrônico por 100 mil habitantes.

Maiores taxas por 100 mil habitantes

  • Santa Catarina - 844,1
  • Distrito Federal - 553,1
  • Espírito Santo - 398,5
  • Rondônia - 375,2
  • Mato Grosso - 252,9

Menores taxas por 100 mil habitantes

  • Piauí - 7,5
  • Paraíba - 10,2
  • Amazonas - 10,3
  • Acre - 18,4
  • Sergipe - 19,6
Fonte: Redação Terra
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