O Brasil teve superávit em transações correntes de 1,330 bilhão de dólares em junho, positivo pela quarta vez consecutiva e mais uma vez ajudado pela balança comercial, informou o Banco Central nesta sexta-feira. Melhor dado para o mês desde 2004 (+1,994 bilhão de dólares), o desempenho ficou em linha com expectativa de um superávit de 1,325 bilhão de dólares, conforme apontado em pesquisa Reuters com analistas.
Os Investimentos Diretos no País de (IDP), por sua vez, chegaram a 3,991 bilhões de dólares em junho, bem acima da expectativa de mercado de 2,8 bilhões de dólares. A exemplo do que vem acontecendo nos últimos meses, a performance das transações correntes foi novamente guiada pela força da balança comecial, sustentada pelo avanço das exportações brasileiras. As trocas comerciais no mês tiveram superávit de 6,963 bilhões de dólares, ante 3,736 bilhões de dólares no mesmo período do ano passado. Também contribuíram para o resultado contas um pouco menores de serviços, diante de menor gasto com aluguel de equipamentos, e de renda primária, com remessas ligeiramente mais baixas de lucros e dividendos na comparação com junho de 2016. No primeiro semestre do ano, o saldo em transações correntes ficou positivo em 715 milhões de dólares, ante déficit de 8,487 bilhões de dólares em igual etapa do ano passado, dando sequência ao ajuste externo que vem garantindo a cobertura, com folga, do déficit nas transações com o ingressos de Investimentos Direto no País. Em 12 meses até junho, o déficit caiu a 0,76 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). Já o IDP teve superávit de 4,25 por cento do PIB.
Para o consolidado de 2017, o BC estima um rombo de 24 bilhões de dólares e IDP de 75 bilhões de dólares.