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Brasil teve aumento nos pedidos de seguro-desemprego

Estimativa do governo federal é que o benefício foi requisitado por 150 mil vezes a mais neste ano por causa da pandemia

28 abr 2020 - 13h13
(atualizado às 13h27)

O governo federal estimou nesta terça-feira, 28, que a crise gerada pela pandemia do novo coronavírus provocou, até agora, cerca de 150 mil pedidos de seguro-desemprego a mais que no mesmo período de 2019.

Homem segura carteira de trabalho em fila à procura de emprego
29/03/2019
REUTERS/Amanda Perobelli
Homem segura carteira de trabalho em fila à procura de emprego 29/03/2019 REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

De acordo com dados divulgados pela equipe econômica do governo, 866.735 trabalhadores deram entrada no pedido do seguro-desemprego entre o começo de março e a primeira quinzena de abril de 2019. Em 2020, no mesmo período, foram 804.538.

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Entretanto, o governo estima que aproximadamente 200 mil trabalhadores demitidos durante a pandemia ainda não pediram o benefício. Isso elevaria o número de pedidos de seguro-desemprego, entre o início de março até a primeira quinzena de abril de 2020, para pouco mais de 1 milhão, ou seja, cerca de 150 mil pedidos a mais que em 2019.

"Temos aumento do desemprego, mas o Brasil está conservando muitos empregos", afirmou o secretário de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto. Ele disse que a fila dos pedidos não ultrapassaria 150 mil pedidos.

"São resultados de políticas econômicas bem feitas e bem sucedidas desde o início do governo Jair Bolsonaro, que mostram o quão importante são as bases de política econômica e os resultados que se pode ter, seja em um ambiente de normalidade, seja de anormalidade, como temos hoje."

Esses são os primeiros dados divulgados pelo governo a respeito dos efeitos da crise sobre o emprego no Brasil desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a pandemia do novo coronavírus, em 11 de março.

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A criação ou fechamento de vagas de trabalho no país, propriamente, é divulgada pelo governo com base do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Entretanto, o governo suspendeu a divulgação desses números sob a justificativa de que as empresas, afetadas pelas medidas de restrição impostas pelo combate à pandemia, deixaram de enviar os dados.

No acumulado de janeiro até o dia 15 de abril, o número de pedidos de seguro-desemprego, sem considerar a fila dos que ainda não conseguiram dar entrada no benefício, caiu 8,7% e chegou a 1,830 milhão.

Bianco disse que o governo deverá publicar novas medidas para auxiliar na manutenção do emprego nos próximos dias, incluindo a permissão de que empresas "emprestem" trabalhadores umas para outras.

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