O Fundo Monetário Internacional (FMI) planeja nomear uma nova vice-diretora-gerente, a brasileira Carla Grasso, que irá pela primeira vez se concentrar no dia a dia em gerenciar a instituição financeira global.
Carla, que trabalhou na Vale, maior produtora de minério de ferro do mundo, irá se tornar vice-diretora-gerente e diretora administrativa, cargo recém-criado, disse na quarta-feira a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde.
Carla irá substituir Nemat Shafik, que deixou o FMI para se tornar vice-presidente do banco central britânico.
Lagarde disse que o FMI realizou uma "extensiva pesquisa global" para a nova posição. Duas fontes próximas ao FMI disseram que foi difícil encontrar uma substituta porque o novo cargo não tem como foco tomadas de decisões de política.
Em comunicado separado na quarta-feira, outro vice-diretor-gerente, Naoyuki Shinohara, disse que irá deixar o FMI e retornar ao Japão depois de fevereiro.
O FMI ainda tem um terceiro vice-diretor-gerente, Min Zhu, e um primeiro-vice-diretor-gerente, David Lipton.
Carla, que assume o cargo em 2 de fevereiro, irá coordenar funções administrativas como orçamento, recursos humanos e tecnologia. Ela também irá gerenciar o cada vez mais popular trabalho do FMI treinando e auxiliando governos ao redor do mundo sobre questões como orçamento e política monetária.
Com nacionalidade brasileira e italiana, Carla trabalhou na Vale por 14 anos até 2011. Também trabalhou no governo brasileiro e como consultora para o Banco Mundial.