O presidente da China, Xi Jinping, afirmou nesta terça-feira que o fórum dos Brics "fala com uma só voz", depois de o grupo integrado pelo país junto com Brasil, Rússia, África do Sul e China concordou a criação de um banco de desenvolvimento.
"Este grupo, estes cinco países, falam com uma só voz, e nos propomos a contribuir para o crescimento de todas as economias, por um mundo comum", declarou o presidente da China durante a plenária da VI Cúpula dos Brics, realizado na cidade brasileira de Fortaleza.
"Chegamos ao consenso para criar o banco dos Brics", que nasce com um capital assinado de US$ 50 bilhões que terá "implicações significativas e de longo alcance" para os membros do grupo e para todos os países em desenvolvimento, disse Xi. O líder chinês ressaltou o "compromisso dos cinco países do Brics com o crescimento internacional e a governança econômica global", mas lembrou que esse fórum deve ser "um processo histórico permanente em busca de novos espaços de cooperação".
E ressaltou que é papel dos Brics é "promover um mercado global mais amplo, melhorar as cadeias de valor, trabalhar em função de uma maior democracia nas relações internacionais e manter o compromisso por um desenvolvimento sustentável". Xi admitiu que os países do Brics "passaram recentemente por uma desaceleração econômica relacionada a fatores externos e uma reestruturação própria", mas confiou que as cinco nações "manterão o crescimento estável e com inclusão".
Propôs uma maior coordenação das políticas macroeconômicas dentro do grupo e a "expansão dos espaços para o desenvolvimento econômico", aproveitando suas próprias diversidades, e promover um maior troca comercial entre os membros. "Devemos explorar a criação de um mercado mais integrado em comércio e investimentos e promover a conexão entre os cinco países por terra, por ar e por mar", declarou.
Segundo Xi, esse "desejo político comum para o desenvolvimento ajudará a aumentar a voz dos Brics no mundo e trará benefícios para seus membros e para outros países em desenvolvimento". O objetivo desse esforço comum, na opinião do líder chinês, é "aumentar a representatividade e a voz dos países em desenvolvimento para que tenham oportunidades e direitos iguais na comunidade internacional".